quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Naya


Naya é um dos cinco Fragmentos de Alara, que atualmente deixou de existir como plano individual e agora faz parte da Nova Alara que está reunida novamente.
 
Vida, paixão, comunidade e o mundo selvagem... são esses os valores que prevalecem sem a influência dos manas preto ou azul. Essa terra exuberante é uma celebração da vida. O instinto predomina sobre as maquinações. Aqui, os predadores titânicos são respeitados, enquanto humanos, elfos e seres felinos chamados leoninos reverenciam e respeitam a natureza.
 
O que vive no chão da floresta devem sobreviver com o que cai das copas. Quando uma árvore cai, cria uma abertura entre a vegetação e milhares de sementes lutarm pela chance de crescer no raro raio de sol que chega diretamente naquele ponto. A selva está constantemente tentando superar a si mesma: tudo o que for maior ou melhor adaptado tem maiores chances de sobrevivência.
 
O Fragmento de Naya, que já foi um exuberante e imaculado paraíso selvagem, sofreu grandes mudanças devido a guerra ocorrida durante a Restauração de Alara. Os enormes behemoths reverenciados pelos elfos e humanos do fragmento correm desenfreados, devastando as terras estrangeiras indiscriminadamente. Bandos de leoninos nacatl foram dispersos, divididos pela confusão e brigas, seus líderes dominados por forças malignas. Atraídos pela beleza natural de Naya e sedentos por sua energia viva, os mortos-vivos de Grixis infiltraram-se na selva numa campanha de dominação. E os magos de Esper vêem Naya como um animal selvagem que precisa da refinação do etherium ou de uma rédea apertada.
 
Os seres humanos habitam a floresta e algumas das criaturas de Naya, conhecidos como gargantuas, têm crescido até atingirem proporções enormes. Uma destas criaturas pode facilmente esmagar uma tribo inteira de humanos com um passo equivocado. Dessa forma, muitos humanos costumam construir habitações primitivas esculpidas das árvores. Apesar da ameaça constante de predadores, os humanos desenvolveram formas engenhosas para sobreviver na selva, desde a domesticação de filhotes gargantuas até elaborando sistemas de caça com armadilhas.
 
Os Elfos Cylianos estão expandindo seu território em Naya e ultrapassaram os Nacatl como a raça dominante no plano. Há mais hostilidade entre os elfos e os nacatl, até porque o povo élfico prefere habitar as copas das árvores mais altas, enquanto os grandes bandos leoninos gostam do território das florestas baixas e densas próximas das montanhas. Aliás, o principal refúgio dos nacatl é a cidade de Qasal, que funciona como uma espécie de fortaleza no sopé de uma montanha. A tribo pacífica Cloud vive em confrontos com os selvagens Garras de Marisi. No último encontro, um bando de Marisi invadiu a cidade e destruiu a pedra sagrada que continha as leis dos ancestrais leoninos.
 
Enterrado por séculos sob a vegetação exuberante, algo estava adormecido no Vale do Ancião. O local é protegido e constantemente observado pelos elfos. Eles acreditam estar protegendo o sono do deus-hidra Progenitus, que está descansando profundamente abaixo do solo da selva devido a magias esquecidas. Existem três fendas no chão da floresta que esporadicamente emanam um vapor que os cylianos afirmam ser a respiração lenta e compassada da divindade adormecida. Muitos elfos dedicam sua vida ao entendimento da vontade desse deus e fazem de tudo para mantê-lo em paz, pois eles acreditam que Progenitus é tanto a origem quanto a sustentação da vida em Naya. Porém, ele deve ser mantido em seu sono pacífico para não evitar o início de um cataclisma. Mesmo assim, apesar dos esforços dos elfos, os cinco Fragmentos de Alara começam a se juntar novamente e as manas preta e azul, que não existiam mais, retornaram a fluir em Naya, fazendo com que a temida hidra apocalíptica desperte.
 
Até o início da Confluência, a maioria dos nayanos via a vida como uma celebração. Os recursos naturais eram abundantes, os conflitos eram raros e o prazer era um agradecimento pelas bênçãos de Progenitus. Entretanto, uma elfa em particular carregava uma responsabilidade pesada: Mayael. Uma jovem escolhida dentro da linhagem de druidas sacro-sensitivas que possuem uma conexão espiritual direta com as criaturas colossais chamadas gargantuas que caminham pelo plano. Dizem as lendas que tal conexão é uma capacidade de sentir a fragilidade do mundo de uma maneira que nenhuma outro ser vivente poderia entender. Os elfos cylianos acreditam que de tempos em tempos, uma druida em particular apresenta essa conexão de forma mais profunda e poderosa do que os demais. pois transcende a compreensão dos seres vivos e alcança a essência do próprio Progenitus. Dessa forma, para esta druida é concedido o título de Anima e que somente ela é capaz de interpretar a natureza inconstante da divindade adormecida. Atualmente, este posto é ocupado por Mayael.
 
Enquanto Progenitus permaneceu adormecido, manifestações dele caminha sobre a terra na forma de gargantuas (monstros titânicos que caminham na superfície de Naya). Os elfos acreditam que os gargantuas são a expressão da vontade da hidra e os veneram como seres semi-divinos. Elfos cylianos acreditam que não existem coincidências. O mundo é composto por camadas sobre camadas de significados e presságios (como uma tapeçaria de eventos entrelaçados), todos esperando para serem interpretados. Os gargantuas geralmente são uma força violenta, esmagando um acampamento humano ou alterando o curso de um rio com suas pegadas gigantescas. Seja destruindo ou criando, a vontade de Progenitus deve ser interpretada e considerada em ações futuras.

Em Naya, enquanto a mana preta de Jund e a mana azul de Bant adentravam novamente para o paraíso florestal, elas traziam consigo a energia mística necessária para que o deus-hidra despertasse. Quando pressentiu que suas visões estavam se tornando reais, Mayael correu para o Vale do Ancião e naquele exato momento a terra rachou, derrubando as árvores antigas e expelindo um gêiser de vapor fervente. Com sua tumba terrena agora aberta, Progenitus levantou-se até tocar o céu.
 
Com seu corpo físico restaurado, a Alma do Mundo estava mais uma vez dominando o horizonte. A floresta tremia em sua presença e os elfos cylianos caíram de joelhos em terror enquanto a divindade se impunha por dentre as nuvens. Mas Mayael não a temia. Na verdade, ela percebeu que sua tarefa de Anima estava finalmente completa. No momento que Naya mais precisou dele, Progenitus ressurgiu de seu estado de torpor. Mayael compreendeu que o deus-hidra era como os próprios Fragmentos: incompleto e sem consciência de suas partes que faltavam. Embora ela acreditasse que Progenitus fosse afomentado pelo caos, por fim soube que aquela divindade era a própria essência de Alara: reunida, incontrolável e tomada de fúria. Mas não se tratava de uma fúria destrutiva... era apenas o desejo de defender o mundo com o qual sua vida está interligada.
 

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