Embora sua origem seja desconhecida, seu nome marcou a história do Multiverso. Serra foi uma planinauta humana que atingiu o status de divindade benevolente em Dominária e também seu próprio mundo paradisíaco chamado Reino de Serra habitado pelas almas de bravos guerreiros que renasciam sob a forma de anjos graças à presença da energia do mana branco em seu estado mais puro.
Serra trabalhou muito para tentar criar um plano perfeito, inclusive tentando eliminar a presença de outros tipos de manas que não fossem o branco. Porém, isso não é possível e tudo que ela conseguiu fazer foi minimizar significativamente a influência deles. Ela criou também um palácio de pedra e cristais, com um belíssimo santuário interno constituído de árvores e pássaros, além de inúmeras ilhas flutuantes e um sol em permanente amanhecer. No Reino de Serra não há tempo, comida ou mesmo água. Apenas o ar.
Mas, seu magnífico trabalho começou a ruir quando Urza apareceu. Perseguido por phyrexianos e gravemente ferido, ele e sua companheira Xantcha adentraram no Reino de Serra. A planinauta permitu que Urza ficasse até se recuperar, mas reconheceu a origem sombria de Xantcha. Após muito refletir, Serra permitiu a esta da phyrexiana em seu plano, mas em total isolamento e constante vigilância.
Cinco anos se passaram. Urza e Xantcha haviam se recuperado de seus ferimentos, mas infelizmente alguns perseguidores phyrexiano encontram seus rastros e agora estavam adentrando no Reino de Serra, dano início a muitas lutas contra os anjos. Muito mais numerosos e preparados, os guardiões angelicais expulsaram os invasores. Porém, a conseqüência da luta foi que a essência do mana negro dos phyrexianos começou a macular a pureza do mundo.
Entristecida por descobrir que a paz e santidade do mundo que ela criara era tão frágil, Serra decidiu partir logo depois que Urza também voltou para seu mundo de origem, Dominária, e deixar seu trono para Radiante, uma dos mais poderosos arcanjos e líder de seus exércitos. Desaprovando a atitude da planinauta, Radiante acreditava ser a única a verdadeiramente dar importância para o plano e acabou cada vez mais paranóica enquanto esteve no comando.
Durante algum tempo, Serra visitou diversos planos até parar em Ulgrotha. Lá, ela encontrou um paraíso bruto, no qual a natureza e cultura dos povos desenvolviam-se harmoniosamente graças à assistência de um outro planinauta: Feroz. Admirada por seu nobre propósito em restabeler o fluxo do mana naquele mundo e o altruísmo com que dedicava-se a auxiliar todas as criaturas vivas, Serra apaixonou-se por Feroz e eles logo casaram.
Atuando ao lado de Feroz, a planinauta desempenhou o papel de guia espiritual e protetora da cidade de Aysen. Com o passar do tempo, ela fundou uma Abadia e seus seguidores mais ferrenhos formaram uma ordem chamada Paladinos de Serra, dedica a propagar os seus princípios e defender o povo de Aysen contra os vampiros do tirano Barão Sengir. O casal fez tudo o que puderam para manter a paz em Ulgrotha, desde discutir política com o Barão até mesmo erigir uma barreira mística para manter outros planinautas longe do plano.
Quando seu sonho de um mundo perfeito parecia concretizar-se, Serra foi mais uma vez golpeada pelo azar e assistiu seu amado Feroz morrer em um acidente de laboratório. Seu coração partido não lhe deu forças para continuar em Ulgrotha e ela abandonou tudo, inclusive o povo de Aysen.
Depois de vagar pelos planos por mais algum tempo, ela voltou sua atenção para Dominária. Mais especificamente para as planícies de Sursi, onde ela encontrou uma magnífica raça de pégasos e foi atacada por um ladrão que na verdade era um planinauta disfarçado. Ela percebeu que a perda de Feroz era uma dor que ela nunca superaria, pois era maior que pensar que veria um mundo paradisíaco definhar novamente. Sendo assim, ela não ofereceu nenhuma resistência ao ladrão que queria sua aliança de casamento, pois pensava ser algum artefato poderoso, e foi apunhalada mortalmente.
Um clérigo que passava pelo local testemunhou a cena covarde do ladrão desferindo o golpe em Serra, embora não soubesse quem ela era. Reunindo toda a coragem que possuía, Angus conseguiu distrair o assaltante e fugir com o corpo de Serra em seus braços. Serra poderia ter curado a si mesma, mas seu desejo era morrer. Dessa maneira, em seus últimos dias antes de morrer, ela transmitiu valiosos ensinamentos ao clérigo Angus. Inspirado por tudo que Serra lhe transmitira, Angus iniciou a construção da Catedral de Serra a redor de seu túmulo.
Serra pode estar morta, mas seu legado permanece. Ela ainda é reverenciada pelo povo de Aysen. Diversos anjos foram resgatados do Reino de Serra por Urza antes do colapso que se desenrolou durante a administração de Radiante e desempenharam um papel importante na defesa de Dominária perante a invasão phyrexiana. Dizem também que seu desejo de morrer havia criado um portal planar para Ulgrotha que ocasionalmente aparecia nas planícies de Sursi, quando nevava muito e a lua estava cheia. Mas, seja como for, assim como Feroz ela certamente viverá aternamente através de seus ensinamentos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiruma pena que parou
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