sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Alara


O plano de Alara era um mundo abundante em mana, um mundo em equilíbrio... até a Esfacelação. Um cataclisma de proporções inimagináveis dividiu aquele plano em cinco Fragmentos distintos, sendo cada um uma refração incompleta da Alara original. São eles: Naya, Esper, Grixis, Jund e Bant.

As causas desse cataclismo se perderam no tempo. Os antigos manuscritos sobre os Fragmentos sugerem que um ser com poderes divinos dividiu Alara intencionalmente para capturar seu mana para uso próprio. Alguns acreditam que tenha sido causado pelas batalhas titânicas pelo destino de Alara, travadas entre o arcanjo Asha e o demônio Malfegor. Mas para a maioria, resta somente uma vaga lembrança cultural de um rico mundo que existiu antes daquele que conhecem. Outros ainda acham que foi um evento natural decorrente de poderosas pulsações e tempestades de mana.

Seja qual for a causa da divisão, uma coisa é certa: os Fragmentos tornaram-se lugares muito diferentes desde que passaram a existir isolados dos demais. Cada plano foi privado de duas das cinco cores de mana. Bant, por exemplo, perdeu quase todo seu mana preto e vermelho, mantendo somente mana branco, azul e verde. Esse desequilíbrio de mana fez com que os Fragmentos evoluíssem em direções completamente opostas no decorrer desse milhares de anos. Atualmente, há somente resquícios de um antigo plano comum nos cinco mundos, e seus ambientes e habitantes não poderiam ser mais diferentes uns dos outros.

Esse desequilíbrio de mana fez com que os Fragmentos evoluíssem em direções completamente opostas no decorrer desse milhares de anos. Atualmente, há somente resquícios de um antigo plano comum nos cinco mundos, e seus ambientes e habitantes não poderiam ser mais diferentes uns dos outros. Eles evoluíram de modo independente: Bant, um reino ensolarado e ordenado; Esper, uma hegemonia de magos e esfinges; Grixis, um pandemônio infestado de mortos-vivos; Jund, um território de caça primitivo dominado por dragões; Naya, um exuberante paraíso selvagem. No entanto, eles agora se fundiram num único plano, e todas as cinco cores de mana fluem novamente na nova Alara. Ondas de poder bruto varreram as antigas fronteiras planares, levando mágicas há muito esquecidas a todos os fragmentos e misturando-as de modos inéditos. E conforme as fronteiras entre os Fragmentos se dissolvem, as culturas entram em choque e levam à guerra.

Com o advento da Confluência, um evento que fez os cinco fragmentos se fundiram novamente em um único mundo, as fronteiras emergiram bruscamente interligando cada um dos cinco mundos, numa dança tectônica de alteração da realidade. Durante esse processo de sobreposição planar, cada um ganha duas novas fronteiras com mundos antes separados. Naya funde-se com Bant de um lado e com Jund de outro. Bant colide-se com Naya e Esper. Esper conecta-se com Bant e Grixis, Grixis toca Esper e Jund, e Jund choca-se com Grixis e Naya. Cada mundo é influenciado por duas realidades e dois novos inimigos. Os fragmentos formam um anel de mundos em contração, e no meio, uma centelha composta de todos os cinco tipos de mana ganha vida.

Quando os Fragmentos colidiram, o mundo explodiu e o caos se instaurou. Cada Fragmento passou a enfrentar novos inimigos em duas frontes. O energia pulsante do mana resultante desta união deu vida a entidades monstruosas. Antes, cada fragmento conhecia apenas três cores de mana; agora, seus mundos foram inundados por mágicas estranhas e cores de mana nunca antes vistas. Em cada Fragmento, magos exploravam as novas mágicas geradas pelo mana desconhecido, instigando ainda mais a instabilidade.

À medida que as culturas colidem ao atravessar fronteiras que não mais existem, a paisagem foi modificada para sempre. No centro dos cinco fragmentos formou-se uma tempestade mística conhecida como o Maelstrom, alimentada por ondas ricas em mana provenientes dos fragmentos. Nicol Bolas foi o grande vilão responsável pela Confluência dos fragmentos. Ele planejou um ritual que pode devastar todo o plano reunido, destruindo toda a vida existente, mas isso não preocupava o ganancioso dragão. A única coisa que lhe importava era alimentar o caos na Nova Alara e expandir ainda mais o Maelstrom. Contudo, a guerra épica se espalha e Bolas se prepara para o ato final de seu terrível plano. Uma coisa é certa: o mundo nunca mais será o mesmo.

Porém, o planinauta Ajani impediu os planos do poderoso vilão. A convergência de Alara, no entanto, foi concluída. Todos os cinco fragmentos foram sobrepostos uns aos outros, gerando uma caótica mistura mágica que alimenta o poder da tempestade do Maelstrom. Cada fragmento, que antes era um mundo único, agora é parte do enorme mundo de Alara. Enquanto as culturas de Alara se fundem, a guerra mundial entre os antigos fragmentos se intensifica, graças às maquinações do planinauta Nicol Bolas.

O Fragmento de Naya, que já foi um exuberante e imaculado paraíso selvagem, foi queimado pela guerra. Os enormes behemoths reverenciados pelos elfos e humanos do fragmento correm desenfreados, devastando as terras estrangeiras indiscriminadamente. Bandos de leoninos nacatl foram dispersos, divididos pela confusão e brigas, seus líderes dominados por forças malignas. Atraídos pela beleza natural de Naya e sedentos por sua energia viva, os mortos-vivos de Grixis infiltraram-se na selva numa campanha de dominação. E os magos de Esper vêem Naya como um animal selvagem que precisa da refinação do etherium ou de uma rédea apertada.

Os inimigos de Bant atacam não somente suas fronteiras físicas, mas também seus ordenados ideais. As nações menores de Bant uniram-se num único e poderoso exército para defender seus habitantes e valores, e para marchar sobre os fragmentos que os ameaçam. Anjos entram em ação para libertar os céus das forças demoníacas e para proteger o plano contra o fogo dos dragões. Cavaleiros partem para enfrentar hordas de zumbis, goblins e viashinos, mas descobrem que a luta não está a seu favor. Habituados a um combate ritualístico ordenado, o tumulto generalizado da batalha deixa-os quase indefesos. A mesma virtude que serviu de base para a sua sociedade se tornou sua ruína na guerra.

Os magos e as esfinges de Esper tentaram controlar cada aspecto de seu ambiente (a flora, a fauna e até mesmo os céus) através do poder da liga mágica chamada etherium. Mas seus estoques de etherium estão no fim e a fórmula para sua criação inclui uma pedra vermelha chamada carmot que não pode ser encontrada em Esper. Agora que os fragmentos se fundiram, os esperianos planejam saquear os outros fragmentos em busca de carmot, mas precisam lutar contra as forças caóticas dos outros planos ao mesmo tempo. Os proféticos elfos e os sanguinários bárbaros parecem acreditar que Esper seja um grande campo esportivo. Enquanto isso, as castas de cavaleiros de Bant e os necromantes de Grixis ávidos por poder perceberam o potencial do etherium e desejam suas vantagens para uso próprio. Manipulada por Bolas, a seita de magos conhecida como os Caçadores de Carmot leva Esper exatamente ao tipo de conflito anárquico que sua sociedade despreza.

Grixis era um caixão fechado, um mundo desprovido da luz e vida do mana. Apodreceu por séculos, tornando-se um covil de demônios e mortos-vivos. Agora, após a convergência dos planos, a tampa do caixão foi escancarada, e suas hordas de demônios sedentos por sangue se arrastaram para fora, liderados por liches e barões necromantes. Conforme Grixis avança sobre os outros fragmentos, suas forças se ampliam. Cada morte nas garras das hordas de Grixis torna-se uma lição de aritmética zumbi: um soldado a menos, um assecla morto-vivo a mais. Os necromantes de Grixis utilizam os poderes especializados de cada fragmento: tóctares mortos-vivos para a cavalaria pesada, magos mortos-vivos para suporte a lançamentos, generais mortos-vivos para liderar ataques, e até mesmo dragões mortos-vivos para potencial destrutivo bruto. A única coisa positiva em Grixis pode ser o êxodo dos vivos. Os sobreviventes vithianos que padeceram uma existência desesperada nos refúgios e túneis do plano agora possuem uma rota de fuga e são recebidos pelo restante de sua raça ainda viva.

Em Jund, um primitivo mundo-caldeirão de vulcões e predadores reptilianos, os fortes sempre sobreviveram porque fraqueza significa morte instantânea. Goblins correm pelos cumes das montanhas, em busca da honra de ser devorado por dragões em mergulhos mortais. Tribos de viashinos lutam pela sobrevivência nas selvas fumegantes. E clãs de guerreiros humanos endurecidos pela batalha convocaram "caçadas de vida" pela maior presa do território. Com a fusão dos fragmentos, os ferozes habitantes de Jund enxergaram novas fronteiras de presas, seres considerados delicados e fracos levando em conta o estilo de vida predatório de Jund. Os clãs de guerreiros vêem mais troféus de sangue para trançar em seus cabelos, e os goblins e viashinos vêem uma oportunidade para fazer refeições fáceis. E obviamente, os dragões vêem um banquete do tamanho do mundo estendido a seus pés.

As civilizações adaptam-se ao novo mundo dia após dia. Alguns nacatls empunham armas nos exércitos de Bant. Alguns elfos escolheram lutar ombro a ombro com clãs de guerreiros de Jund. E as selvas de Naya servem de abrigo aos eremitas vedalkeanos que desprezaram o dogma dos Etherólatras. Bant adapta-se recrutando todos os aliados que pode em suas legiões. Alista behemoths e hidras para sitiar as necrópolis de Grixis. Recebe tropas de Naya e Esper que buscam o glorioso abraço dos anjos. Pouco a pouco, a guerra destrói o rígido sistema de castas de Bant, transformando sua sociedade no crisol da guerra.

Os poucos humanos sobreviventes de Grixis fugiram e foram acolhidos por comunidades de humanos em Bant e Naya. Da mesma forma, alguns nativos de Jund optaram por uma nova vida nos outros fragmentos. Alguns uniram-se a mosteiros rhox ou empunharam elegantes armamentos de etherium. Alguns invocaram vormes para servir nos exércitos de Bant ou partiram para explorar terras distantes montados nas costas de lagartos, aprendendo novas formas de magia às quais se dedicar. No meio da guerra, a fusão de culturas pode acabar sendo o caminho para a paz.

A guerra épica intensifica-se enquanto os antigos fragmentos travam batalhas implacáveis e promovem o derramamento de sangue. Mas mesmo enquanto seus exércitos combatem entre si, a discórdia dá início a uma evolução interna nos fragmentos outrora independentes. Conforme as culturas se misturam e as paisagens mudam, os fragmentos começam a se transformar em algo novo. Os antigos costumes estão morrendo. A Nova Alara emergiu das cinzas.

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