Séculos atrás, Innistrad enfrentou uma crise semelhante àquela ocorrida nestes tempos de desespero. As criaturas malignas que se encondiam nas sombras haviam começado a deixar a segurança de seus recantos macabros e investirem abertamente contra a humanidade. Porém, com um único ato de magia, o planinauta Sorin criou uma salvaguarda, um símbolo mobilizador que luta para manter o equilíbrio entre as forças monstruosas e os seres humanos. Ele assegurou que a maioria dos humanos teriam uma arma contra a maldição dos lobisomens e as assombrações do geists. Sua proteção garantia que os mortos-vivos não sobrecarregariam o mundo com destruição.
Alguns diriam que ele traiu sua propria fraternidade vampírica, de modo que nunca conseguissem caçar humanos até sua completa extinção. Por outro lado, ele tembém pretendia garantir que os poderosos demônios também nunca se tornassem soberanos deste mundo.
Este símbolo de proteção que Sorin criou seria uma verdadeira arma contra a ameaça da escuridão eterna. Melhor do que isso, seria uma autoridade suprema que lutaria para auxiliar os humildes e para sustentar a vida em Innistrad. Tal criação foi chamada de Avacyn.
O planinauta decidiu tomar emprestadas antigas crenças sobre a lua e vida após a morte para forjar um tipo de força guerreira que conseguisse conter os vampiros e outras forças monstruosas que ameaçam a vida em Innistrad. Sorin criou um anjo batizado como Avacyn e encarregou-a de proteger aquele plano, de modo que a fé em torno dela criaria uma verdadeira proteção contra escuridão. Conseqüentemente, a Igreja de Avacyn cresceu ao redor do poder que Sorin investiu nela.
Na verdade, a fé elaborada por Sorin se tratava de uma série de encantamentos e mágicas criados para proteger os humanos daquele plano. E seu trabalho teve sucesso. Ele deu aos humanos a vantagem necessária para darem a volta por cima e repovoarem o mundo. Por muitos séculos a religião se desenvolveu e deu frutos, tornando-se mais profunda e complexa do que imaginara originalmente.
Sorin sabia que não poderia permanecer em Innistrad para manter os encantamentos que a abrangiam. Assim, instituiu uma forma de "renovação" da magia em sua ausência. Ele formulou um sistema de proteções e mágicas que, quando conjuradas repetidamente, fortaleciam a magia protetora geral da fé. Para encorajar os humanos a evocar as proteções e manter a força dos encantamentos, o planinauta fez de Avacyn o foco da adoração e incorporou crenças a respeito da lua e da vida após a morte, já prevalentes no mundo.
Avacyn foi quem descobriu que o combate contra as forças infernais tinha um grande fator de deseqüilíbrio: cada vez que um demônio era morto em combate, ele reaparecia pouco tempo depois em algum ponto distante de Innistrad. Sendo assim, embora os vampiros alegassem ser imortais, a verdade é que os verdadeiros detentores de tal título deveriam ser os demônios. Mas o arcanjo não descansou enquanto não encontrou uma forma de derrotar definitivamente seus adversários. Dessa forma, surgiram o Colar de Prata e o Helvault.
O que não pode ser destruído deve ser exilado. Essa foi a solução de Avacyn para impedir a eterna ressurreição dos demônios derrotados. Ela forjou um colar que serviria como algemas e um receptáculo gigantesco que serviria como prisão, ambos moldados em prata pura. Um por um dos demônios capturados pelos exércitos angelicais de Avacyn era algemado com o colar e despachado para dentro do casulo sagrado batizado como Helvaul. O Colar de Prata tornou-se o símbolo da Igreja de Avacyn, empunhado constantemente pelos sacerdotes e cátaros. O Helvault estava localizado no pátio da sede da Igreja, próximo à borda de um penhasco com vista para o mar, na Cidade Alta de Thraben.
O que ninguém sabia é que Griselbrand havia colocado em prática um plano sem precedentes e extremamente ousado para derrotar Avacyn: ele se dirigiu para o local mais santo da sede da Igreja em Thraben, sob a lua cheia, e desafiou o arcanjo para um combate ali mesmo, no jardim em frente ao Helvault. A luta perdurou um longo período e apenas um punhados de clérigos, juntamento com o lunarca Mikaeus, testemunharam-na. Por fim, em um ato de esforço desesperado, Avacyn usou toda sua força restante para conduzir Griselbrand para o interior do Helvaut. Entretanto, o poderoso demônio alcançou o arcanjo com sua lança antes de ser tragado, transpassando seu coração e arrastando-o consigo para dentro da prisão mística.
Atualmente, Avacyn está de volta, restaurada e mais radiante do que nunca. Ela foi libertada por Liliana Vess, mesmo que não fosse a intenção da planinauta, pois seu objetivo era outro. O truque de Griselbrand, em última análise, não fez nada. Os anjos estão retornando e o poder divino está sendo restaurado. Através das quatro províncias, os seres humanos estão alegre e tranqüilos pelo retorno de Avacyn. Com a chegada de um novo ciclo lunar, os moradores destrancam as portas, abençoam as lanças de pratas e os anjos estão de prontidão mais uma vez. Os cátaros respondem as chamadas dos aflitos, golpeando as criaturas demoníacas. Avacyn lidera o ataque, estendendo as suas asas como se quisesse abraçar o plano inteiro.
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