segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Black Lotus


Black Lotus é a carta mais valiosa, em termos financeiros, existente em Magic: The Gathering. Ela foi impressa apenas nas edições Alpha, Beta e Unlimited, o que significa que esteve presente apenas nas primeiras tiragens do jogo. Embora para muitos jogadores iniciantes ela pareça apenas um item inofensivo que não faz jus ao seu valor de mercado, esta carta possui a característica inigualável de acelerar os recursos utilizados por qualquer deck, possibilitando uma vitória muito mais rápida do que o convencional. Por isso, ela faz parte das cartas restritas no formato Vintage e é banida em Legacy.

Lótus negras apareciam ocasionalmente em alguns enredos dos antigos segmentos do jogo. Por exemplo, ela era uma relíquia da Casa Carthalion, posteriormente usada por Jared Carthalion para invocar um Dragão de Shiva para matar Ravidel no Castelo Melmereth. Em outro momento, as flores místicas são mencionadas por Hanna, navegadora da Nau Voadora Bons Ventos, como parte de um cultivo especial vale tolariano em Dominária. Além disso, na trama do livro Whispering Woods, o assistente do feiticeiro Towser encontra algumas destas maravilhosas plantas. 

Originalmente, não existia limite para a quantidade de cópias de cada carta que cada jogador podia utilizar em seu deck. Black Lotus foi uma responsáveis para que tal regra fosse alterada para um limite de apenas quatro cópias de cada carta (com exceção dos terrenos básicos). Afinal, se você pensar um pouco, vai chegar a conclusão que utilizar Black Lotus no lugar de terrenos seria muito mais efetivo. Os desenvolvedores do jogo acabaram detectando este problema e, como alterava completamente a proposta do jogo, houve a modificação das regras.

Com o tempo, o termo "lótus" passou a ser utilizado como referência em outras cartas cuja habilidade envolvia a aceleração de mana, fazendo com o que a Black Lotus perdurasse como um ícone ao longo de tantos anos. Tamanha é a fama desta carta que ela se tornou alvo de brincadeiras nos unsets através das paródias Blacker Lotus e Mox Lotus
   
Quando John Avon pintou um campo de flores para representar o Vale dos Lótus da edição Alísios, ele teve o cuidado de empregar o mesmo senso de respeito e admiração que os jogadores veteranos possuem por tal carta. Vale ressaltar quanto este artista se esforçou para reproduzir todo o conceito estabelecido na ilustração original de Christopher Rush, incluindo até mesmo o pequeno casulo de sementes no centro de cada flor.
  
O trabalho de Randy Gallegos em Flor de Lótus é igualmente admirável: a luz da manhã começando a cobrir um dos famigerados vales de Tolária, incidindo um tom acobreado nestas flores. Depois, é a vez de April Lee dar vida a outra parte da lenda, dessa vez a Pétala de Lótus.  Por fim, ainda conhecemos uma faceta peculiar dos poderes destas plantas através da mudança do padrão de cores, conforme ilustrado por Mark Zug em Desabrochar do Lótus.
  
No entanto, pelas mãos de Martina Pilcerova é que vemos pela primeira vez uma nova forma de lótus, dessa vez adquirindo um revestimento metálico refletindo o brilho esplendoroso do plano de Mirrodin, no qual floresce a variante conhecida como Lótus Engalanada

Muitos planinautas e feiticeiros ainda procuram ansiosos por mais segredos sobre as célebres lótus, ocasionalmente sendo surpreendidos por algumas criaturas que vagueiam entre os seus campos, como cobras e outros guardiões. Alguns estudiosos dizem que os corpos destes seres é impregnado com a essência das flores mística, tornando-os não apenas os defensores de tais regiões como também espécimes muito cobiçados por suas características mágicas.
  

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