segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Teferi


Nascido na nação Zhalfir, em Dominária, Teferi era conhecido como um prodígio desde muito jovem. Ele estudou na Academia Tolariana, onde o planinauta Urza preparava magos talentosos para enfrentar o terrível império mecânico conhecido como Phyrexia. Devido ao seu talento para magias temporais e às peças que pregava, Teferi tornou-se um dos alunos mais renomados (e mais enigmáticos) da academia. Mas um ataque phyrexiano contra a academia deixou Teferi preso numa bolha de lentidão temporal por duas décadas. Após ser libertado da bolha, ele ajudou Urza nos preparativos da guerra contra os phyrexianos, apesar de suspeitar que a sede de sangue de Urza houvesse ofuscado seu juízo.
 
Mais tarde, Teferi voltou à sua terra natal e tornou-se um nobre mago da corte, protegendo Zhalfir e encontrando um elo entre as facções divididas. Ele estabeleceu cinco guildas para ajudar a levar sua nação à prosperidade e manter a estabilidade. Infelizmente, Teferi não era um bom diplomata e, depois de algumas décadas, resolveu partir e deixar as maquinações do reino para os políticos. Assim, ele decidiu residir em uma pequena ilha isolada, chamada Chaza, para começar uma série de experiências mágicas.
 
A partir de sua pesquisa, Teferi descobriu que podia transportar a ilha inteira, com todos os habitantes, para fora daquela corrente temporal. Em resumo, estava tentando manipular o tempo para que ele pudesse superar algumas limitações das convocações mágicas. Teferi teorizou que seria possível fazer criaturas entrarem e saírem do fluxo do tempo, sem que elas necessariamente cruzassem o Multiverso. Esse processo foi batizado de Alternância, mas seus experimentos de tentativa e erro só trouxeram conclusões de que existia uma instabilidade enorme nos efeitos decorrentes. Pior ainda, Teferi descobriu que alguns de seus testes haviam danificado o fluxo do tempo e que poderiam ser uma ameaça para todo o plano caso não fossem consertados. O reparo, no entanto, consistia em perigosas manobras envolvendo explosões de energia. Como resultado de seu aprendizado empírico, Teferi desapareceu, junto de sua ilha natal e todas as criaturas que nela habitavam, durante vários anos. Seu retorno ocorreria durante o auge da Guerra Miragem.
 
Muito tempo depois, quando Phyrexia lançou outro ataque sobre Dominária, Urza buscou a ajuda de Teferi para rechaçar as terríveis tropas de Yawgmoth. Porém, Teferi conhecia bem Urza e sabia que não passaria de um peão no arsenal do planinauta. Em vez de entrar na guerra, ele aprendeu com seus antigos erros e decidiu proteger Zhalfir e outras partes do plano, transportando-os para fora daquela corrente temporal por séculos. Três séculos depois, Teferi regressou a Dominária para ver se já era seguro para a nação de Zhalfir regressar.
 
Embora a ameaça phyrexiana estivesse extinta há tempos, ele encontrou o plano e todo o Multiverso ameaçado por Fendas Temporais, algumas das quais provocadas por ele mesmo. Desesperado para consertar os danos, Teferi buscou o auxílio de outros planinautas para selar as fendas e eventualmente fez uma descoberta: talvez ele pudesse conter uma fenda, alinhando sua própria essência com a da fratura, criando uma espécie de ressonância de mana entre a sua ilimitada centelha de planinauta e o infinito apetite por mana da fenda. O que iniciou apenas como teoria, não demorou para ser colocado em prática. É claro que apenas um planinauta poderia conseguir isso e o indivíduo em questão provavelmente seria morto no processo.
 
Teferi tomou uma decisão difícil: abrir mão de sua vida e manter Zhalfir eternamente exilada de Dominária. Este seria o preço de selar uma das Fendas Temporais e comprovar sua teoria. Consciente de sua escolha, o planinauta entregou na tentativa de inibir a expansão da fissura que estava formada na área de Shiv que ele próprio havia alternado da existência de Dominária. Por acaso do destino, Teferi sobreviveu e aquela Fenda Temporal foi fechada, mas ele perdeu todos seus poderes de planinauta e sua imortalidade. No final, sua teoria estava correta. O plano poderia ser salvo ao custo do sacrifício de muitos planinautas dispostos a entregarem suas vidas para conter a reação em cadeia das falhas no espaço-tempo.
 
Dominária sobreviveu, mas Zhalfir ficou deslocada no espaço-tempo e Teferi, embora ainda um mago poderoso, tornou-se um mero mortal.
 

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