Por definição, um plano é um mundo auto-suficiente ou ainda um universo (como uma espécie de conjunto interligado de mundos) encontrado dentro do Multiverso. Embora planos possam ser governados por quaisquer tipos concebíveis de regras e leis naturais (ou mesmo aqueles de fato inconcebíveis), a maioria dos planos apresentados no enredo das sagas de cada expansão de Magic são relativamente parecida com a Terra.
Existem planos em quantidade quase infinita no Multiverso, separados um do outro pelo espaço conhecido como Eternidades Cegas, que está cheio de energias caóticas, incluindo o Éter e o Mana. O mana infunde a terra e somente aqueles que possuem uma conexão com a natureza podem utilizá-lo, sobretudo para conjurar magias. Alguns planos são mais ricos em mana que outros. Nesses planos, a magia é poderosa e muito comum. Em outros lugares, onde o mana é escasso, a magia é algo raro. Por outro lado, todos os planos também estão conectados entre si através de uma matéria primordial chamada éter pelos planinautas — os únicos seres capazes de vê-la. Nesta complexa expansão surreal de energia e matéria incontidas, o tempo, a distância e os sentidos têm pouco significado.
Os seres comuns não têm idéia de que existem outros planos além do seu. Eles passam a vida inteira acreditando que o seu mundo é o único existente. Sua percepção é limitada pela sua experiência, isolada do restante do Multiverso. Somente os planinautas conhecem a grande verdade: que cada plano é apenas um dentre muitos, e que somente eles podem viajar para outros planos.
Um plano pode estar totalmente coberto por uma densa selva, por exemplo, enquanto em outro, a natureza pode ter sido inteiramente substituída por cidades de concreto. Outros ainda podem ser vulcânicos, gélidos, estéreis ou semelhantes ao nosso mundo, com elementos variados. Muitos planos são esferas com atmosfera e mais sóis e luas, lembrando planetas. Mas nenhuma lei da física se aplica de modo uniforme a todos os planos do Multiverso. Os planos podem ser vastidões infinitas de matéria, minúsculas esferas de espaço vazio, ou inversões da realidade normal que desafiam a lógica. Um plano pode conter um inteiro e vasto universo ou absolutamente nada. As possibilidades são tão numerosas quanto a quantidade infindável de planos que existem e que existirão.
Como dito anteriormente, um plano às vezes pode ser um conjunto ocupando o mesmo universo. Um bom exemplo é o caso de Alara, que cinco mundos diferentes coexistiam antes de se tornarem um só. De modo similar, existem casos de planos que apresentam múltiplas realidades alternativas, ou seja, refrações de usa própria existência. Na verdade, são mundos diferentes mas que existem interligados em um mesmo plano sob leis diferentes do espaço-tempo.
Os planos são conhecidos por se "moverem" em relação um ao outro. Um tipo de fenômeno natural em que existe uma certa relação de aproximação entre eles, ainda não explicitamente compreendida. Mas, vale lembrar que novos planos podem surgir e outros já existentes podem deixar de existir por diversos motivos.
A maior parte dos planos surge naturalmente, devido a algum tipo de formação cósmica envolvendo diversos elementos e forças do Multiverso. Da mesma forma, a natureza e a vida consequentemente ocupam cada mundo, dando origem à biosfera. Entretanto, também existem planos artificiais. Tratam-se de mundos criados por planinautas ou outras entidades, através do uso de seus poderes.
Os planos artificiais possuem seu próprio sistema de leis naturais e até mesmo de vida, caso assim seu criador deseje. Porém, este tipo de criação é instável e, eventualmente, o plano entrará em colapso caso não exista algo para sustentar sua existência (como um fluxo constante de mana ou algum tipo de cerne místico). Outro problema típico é a ação das Eternidades Cegas, a qual destrói gradativamente o plano artificial. Para evitar esta calamidade, o criador geralmente reveste o plano com um tipo de proteção, que atua como uma barreira de defesa. Mas o desgaste ocorrerá naturalmente e este tipo de defesa deve ser renovada. Um caso famoso de plano artificial é Mirrodin.
Os recursos de um plano podem ser canalizados através de linhas que o interligam a outros planos. Tais linhas são invisíveis, exceto para aquele que sabe como percebê-las. Elas possuem diversos atributos diferentes, desde as linhas que fornecem mana até aquelas que permitem a convocação de habitantes de um mundo para o outro. As linhas de mana são responsáveis pelo fluxo energético decorrente das cinco cores que originam os recursos necessários para a criação, manipulação e conhecimento da magia e da vida.
Cada plano tem suas próprias leis, ainda que estas possam mudar à medida que o éter que o contorna altere características que influenciem diretamente em sua estrutura. Alguns planos têm nenhuma magia, enquanto outros são tão repletos de magia que os ocupantes podem ser perigosos. Planinautas que passam grande parte do tempo em um plano em particular podem, muitas vezes, dominar as leis que o regem, de forma que lhes permite controlar as leis daquele mundo (ou pelo menos usar seus recursos de forma mais eficaz).
Por fim, um curiosidade interessante é que em 2009 a edição Planechase introduziu pela primeira vez cartas especiais em tamanho grande (oversized) representando locais específicos dos planos. Cada carta possui um supertipo "Plano" e um subtipo correspondente ao mundo ao qual pertence aquela região representada na carta, conforme pode ser facilmente observado no exemplo de Llanowar.
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