Os Jeskai são artistas marciais, místicos e guerreiros errantes de Tarkir. Eles reverenciam a astúcia e a estratégia em combate, adotando o olho do dragão como símbolo. Ao invés de uma cidade central ou um assento de poder, os Jeskai tem base em uma série de fortalezas isoladas. Essas fortalezas mantêm seus próprios rituais e escolas de pensamento, mas são afiliadas através dos valores e tradições Jeskai. Forasteiros podem se juntar ao clã se conseguirem demonstrar um compromisso aos rigores disciplinares. A idade avançada denota uma vida de honra, por isso os idosos são reverenciados como grandes sábios.
É comum para todos os membros do clã estudarem e produzirem uma grande variedade de armas, tais como bastões, varas, adagas, facas, garras de metal, espadas, fitas e manguais. Os avianos Jeskai usam longas e estreitas redes como armas, as quais eles usam para incapacitar e realocar seus inimigos ao invés de matá-los.
Para os Jeskai, descoberta e iluminação são os objetivos definitivos. Membros do clã direcionam suas energias para aprender e ascender para níveis ainda maiores de realização. O treino rigoroso para o corpo e para a mente começa desde a infância e é perdura enquanto a pessoa viver. O clã tem um sentido forte de honra e respeito.
Toda a cultura dos Jeskai está apoiada sobre quatro pilares: disciplina, iluminação, diligência e tradicionalismo.
De acordo com os princípios da Disciplina, os Jeskai tornaram-se devotos das artes marciais e habilidades com armas. Cada pessoa, seja um fazendeiro, um pescador ou um monge, tem uma arma de preferência. O estudo e a prática com essa arma continua durante toda a vida da pessoa. Um dia sem treinamento é um dia perdido de acordo com os Jeskai. Além do treinamento com armas, os membros desse clã dedicam várias horas do dia à meditação física, semelhante a formas de combate praticada em câmera lenta. Isso pode ser considerado um ritual místico e os magos Jeskai combinam essa prática com mágicas, mas o misticismo não é necessário para a meditação. Essa técnica desacelera o processo de envelhecimento, mesmo para pessoas que não conseguem usar qualquer tipo de magia. A média de vida de um Jeskai é mais do que o dobro da de membros de outros clãs.
Devido ao alto grau de Iluminação, os Jeskai se consideram mais cultos do que os outros clãs. Eles acreditam que apenas eles entendem a verdadeira natureza da palavra e, portanto, são os únicos verdadeiros árbitros da justiça. Entremenets, os Jeskai consideram possível seguir mais do que um caminho para alcançar a iluminação, e por isso cada fortaleza tem a sua própria idéia de qual é o melhor caminho.
A iluminação é considerada um estado apropriado de vida. Quando questionado sobre o que é a iluminação, um monge Jeskai pode meramente replicar com uma resposta enigmática como “A iluminação é a contemplação do que não pode ser contemplado.” A curiosidade e a descoberta são vistas como elementos essenciais para ter sabedoria. Não importa qual caminho uma pessoa tome, é esperado que consiga conhecimento e ferramentas metafísicas, incluindo o domínio de todos os “fogos”, que são as forças elementais do mundo.
Para os Jeskai, o Sangue-Ígneo é o mais importante dos fogos elementais. Eles acreditam que, durante o combate, um lutador precisa deixar de lado a lógica e a compaixão, passando a ser consumido pelo Sangue-Ígneo. Nesse estado, a raiva é considerada um ato justo. É somente através de muitos anos de treinamento e disciplina que um lutador pode atingir a maestria do Sangue-Ígneo. Muitos Jeskai acreditam que o Sangue-Ígneo evoca um estado “super-humano” no qual a pessoa se
torna invencível a armas e outros ataques.
De forma semelhante, também valorizam a honra e geralmente ajudam os oprimidos e os pobres. Eles são rápidos em julgar e matar aqueles que consideram opressores ou valentões. Para os Jeskai, a compaixão não é inata. Ela precisa ser aprendida através do estudo, da disciplina, e da experiência. Por fim, a compaixão devem suplantar os instintos básicos do indivíduo.
O monge reverenciado e antigo khan Shu Yun jogou uma pedra em cada uma de mil formações de água (lagos, rios e mares). A lenda diz que ele esperou na margem de cada um deles até as ondulações cessarem, e então a água lhe deu sua sabedoria. Esse é apenas um exemplo do caminho de uma pessoa para a iluminação. Há milhares de estórias como essa no clã Jeskai. O caminho de cada pessoa para a iluminação é único e individual, e os estudiosos nas fortalezas escrevem estórias em pergaminhos encantados para mantê-las para toda eternidade.
De acordo com o pilar cultural da Diligência, os Jeskai abominam formas de ostentar riqueza e hedonismo. Suas fortaleza são austeras e práticas. Por causa de sua longa expectativa de vida, os artesões gastam anos de aprendizagem antes de se tornarem mestres no seu ofício. Suas obras são coloridas e enganosamente simplísticas; as técnicas por trás delas são perfeitas. Os Jeskai desenvolveram a tecnologia engenhosa da roda d’água, a qual produz energia e carrega água fresca até mesmo para as fortalezas nas mais remotas colinas. Artesões constroem sextantes e outros trabalhos com metal, mas apenas em pequenas quantidades.
Por fim, o Tradicionalismo é transmitido através manuais secretos em cada fortaleza, os quais contém as informações sobre como alcançar aos níveis mais altos de iluminação. Dúzias de caminhos são possíveis de serem trilhados para se obter uma compreensão existencial avançada, desde lendas relacionadas aos antigos dragões até mesmo técnicas que emulam o movimento físico dos avianos. Apesar de haver muitas disciplinas, cada uma leva um grande tempo para ser aprendida e praticada, então muitos Jeskai seguem um único caminho. Os Jeskai acreditam que todos devem experimentar o rigor e as dificuldades para ter acesso ao conhecimento místico e a maestria física, até mesmo um reles artesão.
Há registros que remontam a centenas de anos, mantidos pelo khan dos Jeskai. Apenas o líder dos Jeskai pode ler os Anais do Olho Sábio, os quais descrevem os tempos antigos e o declínio dos dragões. Eles mantêm o segredo de incontáveis mágicas e rituais conhecidos apenas por poucas pessoas através das eras.
ORGANIZAÇÃO E LIDERANÇA
De forma geral, o clã Jeskai é formado por andarilhos nômades, que se movem com as correntes de água, e populações estabelecidas, as quais estão centradas nas fortalezas ou nas vilas ao longo das hidrovias. Muitas fortalezas contêm aldeias no interior de suas muralhas e, assim, os místicos e eruditos das fortalezas tendem a ficar em apenas um lugar por todas as suas vidas. Mas não se engane pensando que são um povo covarde, pois são inúmeros os aldeões que vivem fora da segurança das muralhas, preferindo a vida rústica nas margens dos rios.
Existem quatro fortalezas principais, as quais são antigas e inacessíveis. Cada uma delas abriga uma escola venerável, com suas próprias tradições e credos sobre a iluminação. Existem muitas fortalezas menores, que foram construídas mais recentemente e são mais fáceis de alcançar. Algumas das fortalezas menores têm escolas associadas a elas, mas normalmente são filiais das fortalezas principais. As fortalezas menores são construídas ao longo de rotas comerciais, de forma que os viajantes podem se alojar nelas por alguns dias para ter refeições quentes e um teto sobre suas cabeças. Algumas vezes, pessoas que não são Jeskai tentam se estabelecer no território do clã, os quais são rapidamente desmantelados pelos Guerreiros Viajantes.
Narset, atual khan dos Jeskai, é uma mestra em artes marciais, erudita e mística, que cultivou a disciplina mental e é capaz de realizar proezas físicas incríveis. Narset está sempre atenta à segurança de seu povo, os Jeskai, em Tarkir. Alguns dizem que ela possui um potencial secreto dentro de si, um poder ou uma vocação que a levará a um propósito maior. Suas viagens deliberadamente a levaram através dos territórios de outros clãs e ela estudou suas culturas com um olhar curioso. Assim, o seu conhecimento prático dos forasteiros é incomparável ao da maioria dos eruditos Jeskai e isso a ajuda como líder.
Apesar de Narset ser a khan reconhecida dos Jeskai, cada fortaleza e pequena fortaleza governa a si mesma nos problemas do dia a dia. Narset é reconhecida como a autoridade em assuntos de guerra e diplomacia. Mas para os problemas cotidianos, os Jeskai obedecem as Regras dos Juncos, que é um código simples de como tratar os outros membros do clã. Essas regras incluem a presunção de inocência ao acusado, um direito de arbitragem sobre disputas e um julgamento para o Jeskai que for acusado de homicídio. Os Jeskai não confiam que os forasteiros irão obedecer às regras do clã de justiça e honra. Afinal, quando um Jeskai entra em conflito com outro Jeskai, ele espera que esse conflito seja tratado de acordo com a Lei dos Juncos.
Existem três caminhos principais na tradição Jeskai. Quando um estudante chega à adolescência, o jovem pode escolher uma destas opções: artesão, místico ou guerreiro viajante. Enquanto a maioria dos estudantes são criados no clã, não é incomum um jovem Temur ou um órfão de outro clã ser educado pelos Jeskai.
As crianças Jeskai que escolhem o Caminho do Artesão terminam sua educação aprendendo uma profissão. Os Jeskai são renomados armeiros de todos os tipos e de qualquer material, de forma que cada profissão inclui um componente de manufatura de arma. Ferreiros fazem chaleiras e espadas. Tecelões fabricam coberturas e chicotes trançados. Carpinteiros esculpem baús de madeiras e flechas. Existem brigadas de artesão que constroem moinhos, barcos, e outras coisas para o povo Jeskai. Muitas das fortalezas contribuem com fundos para os construtores de barcos para produzir e doar embarcações sólidas para as famílias Jeskai.
Os estudantes do Caminho do Místico continum seus estudos no arcano e nas artes marciais por tempo indefinido (geralmente a vida inteira) e eventualmente se tornam eruditos, profressores e monges em uma fortaleza.
E o Caminho do Guerreiro Viajante faz com que seus estudantes vivam por um determinado período com outro membro mais velho e aprendam suas disciplas. Em geral, toranam-se pessoas cada vez mais afastadas da vila cotidiana, vivem à margem das cidadelas e vilas, mas que atuam como batedores, espiões, justiceiros e até mesmo defensores de certas regiões.
PODERES DO CLÃ
Em um nível prático, os Jeskai usam mágicas de dissimulação para controlarem o elemento surpresa, ou seja, cobrir seus movimentos; disfarçar sua identidade; patrulhar terras estrangeiras; e emboscar inimigos. Enquanto isso, em um nível metafísico, os Jeskai reverenciam as forças elementais (comumente chamados de “fogos”): fogo da alma (branco), fogo da névoa (azul), fogo da morte (preto), fogo do sangue (vermelho) e fogo da vida (verde).
Enquanto os Jeskai reconhecem que o fogo da morte e o fogo da vida existem, eles não são considerados parte da tradição Jeskai. De acordo com as suas crenças, a magia de morte é uma abominação e deve ser evitada a qualquer custo. Já o fogo da vida é considerado fora dos limites, sendo um componente da natureza, a qual é incontrolável e independente, sendo melhor evitá-la.
Existem muitos aspectos da magia elemental Jeskai, incluindo invocação de elementais, distorções espaciais e temporais, cura, proteção e vantagem no combate. Uma pessoa que domina os três fogos Jeskai conquistou sabedoria suficiente para explorar o próximo nível de existência e dominar o lendário sexto fogo: o lumespectro. Apenas algumas poucas pessoas aprenderam a controlar o lumespectro e acredita-se que este é capaz de transcender e alterar os fundamentos existenciais da natureza.
GRUPOS DE DESTAQUE
A terra natal dos efrites é fora do território Jeskai em uma montanha inacessível chamada Qadat, o Círculo de Fogo. Diferente da maioria dos Jeskai, os efrites nunca foram criados no clã. Ao invés disso, eles fazem a escolha de deixar sua região natal e vir para o território Jeskai uma vez que chegam à maioridade. O efrite que escolhe adotar o Caminho Jeskai é um pária para a sua própria gente e não é mais bem-vindo ao Círculo de Fogo. Ao se tornar Jeskai, um efrite está abraçando uma vida de disciplina marcial acima de qualquer coisa. Eles não irão falar sobre suas vidas antes de serem Jeskai, e é por isso que Qadat continua cercada de mistérios.
Os eruditos Jeskai dizem que os efrites são chamados para os Jeskai por causa do conceito do Sangue-Ígneo, mas eles acreditam que a disciplina necessária para atingí-lo é completamente fora da natureza deles. De acordo com esses eruditos, os efrites precisam deixar de lado sua natureza inerentemente destrutiva antes que eles possam procurar a iluminação. Os efrites Jeskai são guerreiros e magos de batalha excecionais. Nas batalhas que ocasionalmente acontecem contra outros clãs, eles estão geralmente na linha de frente do ataque. Sempre tiveram efrites que abraçaram o Caminho Jeskai, mas nos anos recentes, seus números estão aumentos. No passado, a maioria dos efrites Jeskai iam para a escola dos embusteiros. Isso parece estar mudando, agora que Narset tem efrites na sua guarda pessoa, e os efrites são vistos frequentemente na Fortaleza Olho Sábio.
Na isolada Fortaleza Pico Íngreme, monges são treinados para cavalgar e controlar mantídeos selvagens nativos dos picos da montanha próximo ao território Jeskai. Os ginestes de mantídeos sabem que suas montarias não lhe devem nenhum tipo de aliança. Até mesmo um mantídeo montado por anos pode consumir seu cavaleiro que perder o foco por apenas um momento.
Batedor do Vento é um papel comum para o aviano dos Jeskai. Tipicamente, os membros avianos do clã vivem em seus próprios estabelecimentos isolados em terras altas remotas. Alguns que escolheram o caminho místico permanecem nas torres e sótãos das fortalezas. Narset tem uma relação próxima com os avianos do Olho Sábio e ela os envia regularmente para missões contra outros clãs. Ao longo do tempo, os avianos do Olho Sábio viraram emissários entre os Jeskai e os outros clãs.
Alguns seguidores do Caminho do Guerreiro Viajantes têm o papel de serem árbritros e executores em determinadas vilas. Eles são pagos para proteger a população de bandidos ou tratamentos injustos de outros estabelecimentos. Geralmente se tratam de acordos de curto-prazo, pois poucos viajantes Jeskai ficam num mesmo lugar por muito tempo.
A maioria dos humanos que vivem nas fortalezas normalmente praticam a meditação, mas os avianos também praticam esta arte. Algumas vezes, as suas sessões duram anos e terminam com a elaboração de uma nova e poderosa magia de batalha. Assim, os Místicos do Infinito são outro grupo informal de avianos de Jeskai. Alguns vivem como eremitas por anos nas montanhas, voando em padrões intrincados ao longo dos picos como uma forma de meditação até chegar à iluminação, a qual invariavelmente os torna lutadores mais poderosos. Existe um dito entre os Jeskai: “se você quer
vencer uma guerra, siga o Místico”.
A Escola de Pérolas é uma tradição das artes marciais da qual seus adeptos são renomados andarilhos que arbitram conflitos entre aldeões. Seu estilo envolve combate ágil e um código de lei estrito. Durante a batalha, os chamados "lutadores de pérola" literalmente conjuram e manipulam milhares de pérolas que podem ser usadas tanto ofensivamente quanto defensivamente. Eles podem conjurar milhares pelo ar como uma onda, ou envolver seus inimigos em uma grande nuvem. Depois de uma grande batalha entre lutadores de pérola e um bando de foras-da-lei, o solo costuma ficar coberto de tantas pérolas que ao longe lembra o aspecto da neve. Crianças coletaram o que sobrou das pérolas incandescentes esperando vendê-las, mas elas evaporaram horas depois da batalha.
Os Andarilhos Kaisham constituem outra escola, porém estes são embusteiros que reverenciam o “jogo de rir” (vulgarmente chamadas de "pegadinhas" pelos forasteiros). Suas ações têm a intenção de fazer as pessoas questionarem o que elas acreditam ou mesmo ensinar lições sobre a vida. Essa escola não tem nenhuma fortaleza; ao invés disso, ela tem encontros regulares no deserto. Os Kaisham se movimentam em pequenos bandos de mentores e estudantes, que geralmente praticam a mendicância para sua sobrevivência.
Infelizmente, a violência contra esses embusteiros por forasteiros é comum. Bandidos irão tê-los como alvo por puro esporte. De qualquer maneira, alguns Andarilhos Kaisham empreendem atos de bondade, mas se recusam a ter crédito ou ser reconhecido por isso. Muitos efrites Jeskai se tornam membros dessa escola, porém tendem a viajar apenas com outros efrites e se tornam embusteiros. No entanto, os efrites Jeskai têm a reputação de pegar pesado em suas brincadeiras. Vários efrites fizeram pegadinhas com um tom sinistro, quase cruel, e foram expulsos dos Jeskai por Narset.
Algumas outras escolas têm foco na arte de manipular os elementos. Em particular, a Escola Dirgur ensina aos estudantes como criar e lidar com os poderes dos fogos e invocar soldados elementais. Os Guerreiros Sangue-Ígneos são os mais temidos e sanguinários dos guerreiros Jeskai.
LOCAIS IMPORTANTES
Há uma rede de antigas fortalezas através do território Jeskai. Cada fortaleza tem o seu próprio professor, sua própria escola de artes marciais e seus respectivos ensinamentos arcanos. Isso, algumas vezes, leva a conflitos entre fortalezas. Narset, a khan dos Jeskai, é a árbitra final para quaisquer conflitos entre membros do clã ou escolas. Ela é muito estimada pelos membros do clã e os Jeskai têm aproveitado momentos de relativa paz nas relações entre os outros clãs por quase dez anos sob o seu comando. As fortalezas principais são: Fortaleza do Olho Sábio, Fortaleza Dirgur, Fortaleza da Montanha Cori e Fortaleza da Roda D'Água.
A Fortaleza do Olho Sábio foi construída no lado de uma montanha na borda de uma baía. A baía é contornada por montanhas, e a fortaleza só é acessível através de navio ou por pessoas com habilidade excelente de escalar. Os adeptos da tradição dessas artes marciais são conhecidos pela sua discrição, rapidez e astúcia. Trata-se da principal e reconhecidamente maior fortaleza do clã Jeskai. Artesãos residem lá e cada um faz uma obra por temporada (uma tapeçaria, uma flauta feita a mão, uma pintura num pergaminho). Tudo que eles fazem é primoroso e chegam a altos preços nas cidades longínquas.
A Fortaleza Dirgur foi construída em uma ilha no meio de um vasto lago, o qual é cercado por diversas vilas. Pináculos naturais de pedra e costelas de dragão se sobressaem do lago e servem como âncoras para pontes de madeira que permitem o acesso à ilha. Essa é a mais acessível das fortalezas principais, localizada próxima ao cruzamento de uma rota de caravana conhecida como Rota do Sal, na qual os Jeskai comercializam pacificamente com os mercadores Abzan. No entanto, a tradição das artes marciais de Dirgur é agressiva. Seus adeptos são conhecidos por sua habilidade com armas brancas. Os guerreiros mais violentos dessa tradição se focalizam na magia elemental e se tornam Guerreiros Sangue-Ígneos.
A Fortaleza Montanha Cori trata-se de uma enorme construção dentro de uma antiga caldeira inundada. Um esqueleto imenso e bem preservado de dragão cerca a fortaleza como uma barreira perimetral. Provavelmente por isso o símbolo da fortaleza seja um dragão e sua tradição nas artes marciais seja baseada nos movimentos de um dragão. Alguns rumores dizem que a alma de um dragão está contida em um receptáculo místico enterrado sob a Montanha Cori.
A Fortaleza Roda D’Água foi construída no lado de um precipício e é notoriamente conhecida por suas muralhas brancas. Uma enorme cachoeira flui através da fortaleza central. Rodas d’água de madeira estão suspensas entre as torres para pegar a água da cachoeira enquanto ela flui através do próprio coração da fortaleza. A tradição das artes marciais desta fortaleza imita o fluxo da água e usa armas flexíveis como chicotes, lâminas longas ou tecidos cortantes.
Além das fortalezas, existem as rotas e caminhos comerciais. Existem trajetos através do território Jeskai conhecidas apenas por quem vive na região e que podem facilmente passarem despercebidos por quem não está familiarizado com a sua existência. A não ser as vilas ligadas às fortalezas, virtualmente todas as vilas Jeskai seguem ao longo das hidrovias de Tarkir. Enormes rodas d’água capturam a energia dos rios fluentes e são usados nos empreendimentos engenhosos do clã.
As rotas Jeskai são normalmente as mais seguras através das montanhas e das complexas hidrovias. Muitas delas estão impregnadas com velhos encantamentos e são invisíveis para não-magos. Os avianos com o conhecimento adequado podem vê-las do ar e algumas dessas rotas formas figuras quando vistas de cima (raramente sendo o caminho mais curto entre dois pontos). Ambas as rotas e as figuras que elas formam têm significados especiais, que são registrados nos Anais do Olho Sábio assim como os livros secretos de outras escolas e fortalezas. Mas os significados são ainda menos conhecidos do que as rotas em si.
A Trilha dos Imperadores Mortos é uma rota através das montanhas marcada pelas altas pedras brancas; O Cômputo Morto é uma trajetória através de uma região pantanosa com uma reputação para fatalidades; A Rota do Sal é parte de uma rota maior que atravessa os territórios de muitos clãs e a seção que corta o território Jeskai contém o maior entreposto comercial do clã, onde muitas das suas armas são compradas e vendidas por forasteiros. O entreposto comercial é chamado de Purugir e se localiza no cânion abaixo de uma pedra pendendo, onde a chuva nunca chega. Os Abzan também usam a Rota do Sal, algumas vezes levando ao conflito entre os dois clãs.
Outro local famoso é a Escada do Iniciado, que está esculpida na face de um cume de pedra branca extremamente alto. Os degraus serpenteiam o cume, até o topo, onde há um templo simples e uma vista inigualável. Subir essa escadaria é considerado um rito de passagem para a juventude Jeskai. A subida não é difícil (exceto que as pessoas devem subir usando apenas suas mãos). É preciso muita energia, força e equilíbrio para conseguir esse feito e ascender todos os 1578 degraus sem cair. As crianças Jeskai gastam anos se preparando para isso, começando por volta dos quatro anos de idade. Aqueles que subiram esses degraus são considerados adultos.
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