terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Linhagem Sultai


Os fundamentos dos decadentes Sultai são a riqueza, a exploração dos fracos e a vida após a morte. A presa do dragão é o símbolo deles, pois incorpora a impiedade e emula toda a característica de crueldade dracônica. 

Os Sultai são governados por uma linhagem de nagas, que estabeleceram pactos com demônios-felinos chamados rakshasa para assegurar seus status de elite. Mestres da propaganda, as nagas reivindicaram a ascendência dos dragões para ligar sua linhagem ao poder dos dragões antigos, os quais lhes deram outra vantagem psicológica sobre as massas dentro dos territórios subjugados.

A maior fonte de poder do clã é a necromancia. Os sultai controlam uma vasta força de trabalho de incansáveis mortos-vivos, conhecidos como sibsig, para minerar, cultivar e dragar os mares e leitos de rio por comida e ossos de dragão. Tarkir é um mundo de batalha e, por isso, os Sultai não têm dificuldade de encontrar mortos frescos para reabastecer seu exército. Isso torna o ataque aos Sultai um empreendimento desmoralizante uma vez que sua forças crescem à medida que cada inimigo tombado logo se ergue como um serviçal.

Como o clã Sultai foi o primeiro a fazer negócios com os poderosos rakshasas, logo se tornaram adeptos das formas mais mortais de magia e a sua vontade de usar essa magia os tornou ainda mais sombrios. 


ORGANIZAÇÃO E LIDERANÇA

Os papéis sociais entre os Sultai são bastante claros: alguns comandam, outros obedecem. Salvo exceções, as soturnas cidadelas e templos do clã são comumente habitadas apenas por magos, guerreiros, assassinos, mercadores e zumbis. 

Os exércitos de mortos-vivos dos Sultai vêm de uma série de clãs e espécies. As massas no exército são geralmente deixadas nas roupas em que morreram. Os zumbis mantidos próximos à cidade capital são vestidos apropriadamente em uniformes que agradam o olhar. Assim, os corpos dos sibsig são mantidos bem preservados através de uma necromancia poderosa, enquanto o resto do exército de mortos-vivos é deixado para apodrecer lentamente.
  
A naga Sidisi é a khan e rainha dos Sultai. O poder dela vem de sua riqueza herdada e de magia ensinada a ela pelos rakshasa. Trata-se de uma figura arrogante, cruel e astuta, conhecida por massacrar aqueles que se opõem a ela. Na sua visão, a morte é uma forma de aumentar o poder, principalmente através da criação de fileiras de servos mortos-vivos. Ela deseja reunir os clãs de Tarkir em um novo império sob uma única bandeira: a dela.

Sidisi governa do Templo Kheru, oculto numa selva traiçoeira. Seu império é administrado por uma vasta quantidade de operários, vivos e mortos. Ela também é juíza do tribunal do Palácio Qarsi, onde os Sultai ancoram suas luxuosas embarcações, esperando conseguir através da malandragem o pouco que ela não consegue através da força.

Taigam é um humano que alcançou um nível considerável de poder e influência como ministro de Sidisi, bem como é um mago poderoso que estudou com os mestres Jeskai antes de procurar o poder dentro das fileiras dos Sultai. Agora ele é a mão direita cruel de Sidisi e segue suas ordens sem falhar.

Uma poderosa maga humana chamada Kirada é a guarda do Palácio Qarsi. Ela comanda o lugar, dos corredores das docas onde se aposta dinheiro até as abóbadas na cobertura onde se procura o prazer. Kirada é nativa da selva Sagu e rumores contam que ela é uma guerreira feroz que já foi uma regente tribal na floresta antes de ocupar o cargo de superintendente. Freqüentemente vista com os seus babuínos treinados, que atacam qualquer um, desde que ela ordene, ela também é conhecedora de muitos venenos e intoxicantes (uma habilidade valiosa quando se quer fechar negócio com um cliente rico ou remover um obstáculo particularmente irritante).
  

PODERES DO CLÃ

Os Sultai chamam a criação dos mortos-vivos de “a segunda pele”. Como uma cobra que perde sua pele e, metaforicamente, nasce de novo, reviver os mortos é visto da mesma forma por eles. Na realidade, essa é uma piada cruel dentro das classes mais altas de nagas, pois não têm respeito pelos mortos humanos. Por este motivo, tratam os mortos humanos como mobília decorativa e modificam os corpos para servir às mais inferiores tarefas mundanas.

Além disso, os Sultai usam os mortos para conjurar feitiços ritualísticos. Partes de corpos são usadas para conjurar, dissipar e atacar magicamente. Dedos das mãos e dos pés, bem como as próprias mãos e pés apodrecidos, são muitas vezes encontrados amarrados nos colares dos magos Sultai ou nos cintos para serem usados em seus ritos tenebrosos.

As nagas Sultai têm o poder de hipnotizar e encantar outros seres vivos. Elas usam esse poder para influenciar negociações ou controlar as mentes dos outros. Para ter um efeitos similar, os magos humanos Sultai têm que usar o Perfume de Lótus, o qual causa uma série de efeitos inebriantes, iniciando por um sono onírico, seguido de paralisia e, finalmente, a morte.

A magia das nagas também gira em torno da modificação do corpo, seja através de mudança de forma ou da modificação através da necromancia. Elas abominam os humanos, que elas consideram animais medíocres no mesmo patamar que os babuínos. É dito que a crueldade das nagas foi adquirida com o passar do tempo, conforme se tornaram mais envolvidas com as magias macabras transmitidas pelos rakshasa. As nagas também conhecem poderosos venenos que podem matar um elefante com uma mera picada de agulha.

Por outro lado, a magia dos humanos Sultai consiste em elementalismo e xamanismo. Eles veneram o poder dos terrenos e estão secretamente tentando contactar seus ancestrais, que viveram numa época em que os humanos governavam os Sultai. A magia deles é baseada em tornar seus corpos mais poderosos. Força, crescimento e magia de cura os ajuda a sobreviver da tirania de seus superiores, bem como os torna peças importantes no mundo mercantil do clã.

Os rakshasas definitivamente dominam a mais agressiva e perigosa magia de todos os Sultai. É um turbilhão de escuridão e poderosos espíritos abissais, sobrecarregados de negatividade. Este tipo de poder é aquele que permite destrui plantações e reduzir um exército a pó, invocando horrores que simplesmente consomem a terra e a vida. 


GRUPOS DE DESTAQUE

As nagas costumam liderar grande parte dos locais, mas alguns grupos de humanos também conquistaram seu espaço (geralmente à força), como os mercadores Panjasi que obtiveram o direito de transitar entre diferentes áreas devido ao seu poder mágico elevado ter sido posto à prova diversas vezes e sempre saiu vitorioso. 

Curiosamente, os rakshasa raramente se envolvem com a política do clã. Eles preferem voltar seu tempo aos estudos das artes sombrias, sendo raríssima alguma participação ostensiva de algum deles. Um dos casos mais famosos é o de Feyomsi. Esse terrível feiticeiro e necromante rakshasa vive dentro da Necrópole Ukud com seu grupo de magos devotos, a maioria deles humanos. Eles defendem a região com suas magias e invocam demônios conhecidos como sidikur. Para Feyomsi é concedida uma grande liberdade de Sidisi, já que é ele o principal rakshasa que lhe transmitiu grandes conhecimentos sobre magia negra.
  
Sidikur é o nome que os Sultai dão aos demônios. Eles existem em uma grande variedade de tamanhos, formas e comportamentos (desde baixos, agachados e sem asas, até imensamente poderosos, enormes e com asas de morcego). O conhecimento de como convocá-los e capturá-los veio dos rakshasa, que ensinam como desfazer a magia que aprisionam os demônios mas raramente mostram como prendê-los novamente, o que causa um enorme desespero em muito magos que tolamente invocam os sidikur sem saber com que tipo de entidade estão lidando e, depois, precisam recorrer novamente aos rakshasa para resolver o problema. Nestes momentos, o preço dos rakshasa costuma se tornar muito mais alto do que o habitual.
  

LOCAIS IMPORTANTES

Templo Kheru é o nome do lugar central de devoção para as nagas e para os Sultai. Sidisi governa na maior parte do tempo a partir de Kheru, dando ordens para os bandos de zumbis, barcos do canal, morcegos mensageiros e servos humanos. Ela julga e se entretém no Palácio Qarsi para deslumbrar e hipnotizar aqueles que desejam se expor aos lendários prazeres Sultai.

Os Pântanos Gurmag formam um cinturão de lodaçais traiçoeiros que circulam parte do domínio do clã. Está repleto de sibsig, as hordas de zumbis errantes dos Sultai. Para quem desconhece as trilhas ou as magias corretas de controlar mortos-vivos, este local é um dos mais perigosos de toda Tarkir.

A Necrópole Ukud é a construção mais arquitetonicamente impressionante das terras Sultai. Ela contém as tumbas dos ancestrais remontando a centenas de anos atrás. Quando Sidisi precisa consultar Feyomsi, ela vai para Ukud. Lá, ela pode recorrer ao poder total dos pântanos Gumag e aprender rituais mais sombrios e poderosos dos rakshasa e seus seguidores.

Sagu é a casa ancestral das nagas, uma vasta e exuberante selva cuja maior parte é ainda desconhecida. Muitas bestas enormes, que estão além da compreensão, vivem aqui. A Fortaleza Rio de Marang é onde a selva encontra o terreno montanhoso dos Mardu através de pequenas e íngremes passagens. É aqui que o degelo das montanhas criou o grande Rio Marang. Os Sultai patrulham esse lugar com as suas criaturas mais horrendas e espíritos aterradores, sabendo que basta um pequeno erro para serem capturados pela Horda Mardu.

Gudul são uma série de ilhas que salpicam o delta do grande Rio Marang. Nas águas e nas ilhas espreitam todos os tipos de monstros e abominações zumbis que guardam as hidrovias do interior contra navios e intrusos que ousem invadir o domínio Sultai.

O Palácio Qarsi é uma localidade paradisíaca, luxuosa e extensa, localizada em meio à selva e perto de uma hidrovia. Famigerados barcos de entrenimento são ancorados aqui, com seus lampiões de papel colorido refletindo a água até tarde da noite. Caminhos à luz de velas serpenteiam pela selva, onde qualquer tipo de prazer libertino espera aqueles que procuram em tais regiões abandonadas.

Um local sagrado para os Sultai, as Cataratas Molderfang é onde um antigo dragão conhecido como Silumgar caiu sobre o rio Marang. O dragão foi morto por um jovem e cruel khan Sultai, e muitos membros do clã frequentemente fazem peregrinação para esse local, prestando homenagem à crueldade dos Sultai e à vitória sobre os dragões.
  
Aqueles que ganham o desprazer dos Sultai terminam como tira-gostos da tarde nos Fossos de Crocodilo, onde bestas reptilianas de várias espécies e tamanhos enchem os grandes poços que estão espalhados próximos de todas as principais localidaes do território do clã. Alguns dos maiores crocodilos ganharam nomes e dizem que eles são uma prole distante dos irracionais dragões de outrora.

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