Feldon foi um humano arqueólogo, glaciologista e mago que se tornou famoso durante a Guerra dos Irmãos. Ele cresceu ao pé da Geleira de Ronom, em Terisiare, de modo que seu interesse pelos segredos enterrados no gelo era uma paixão natural. Por isso, desde muito jovem, ele já havia iniciado escavações e estudos em busca de tais itens. Suas mais bem sucedidas descobertas foram o Sílex Golgothiano e uma lendária Bengala mágica.
Quando a Guerra dos Irmãos intensificou-se, um grupo de intelectuais decidiu não tomar partido perante nenhum dos dois lados, preferindo constituir o Terceiro Caminho. Este, era um grupo de pesquisa que esperava descobrir uma maneira de derrotar os Irmãos ou, pelo menos, neutralizar a situação. Feldon uniu-se ao grupo e, nele, conheceu uma bela mulher chamada Loran, por quem ele se apaixonou.
Mais tarde, a Irmandade de Gix manipulou Mishra afim de destruir o Terceiro Caminho. Juggernauts e bestas mecânicos atacaram e destruíra a Cidade de Terisia, local que servia como sede do grupo. Porém, durante a batalha, a famigerada Hurkyl deu a vida para conjurar um feitiço mágico que desmantelou as máquinas e interrompeu o ataque. Apesar de seu centro de reuniões ter sido aniquilado, muitos membros do Terceiro Caminho escaparam com vida. No entanto, eles aprenderam que as criaturas mecanizadas poderiam se tornar um problema cada vez mais freqüente em seu caminho e, por isso, começaram a praticar e aprimorar as pesquisas sobre magias defensivas que Hurkyl havia deixado como legado para os seus companheiros sobreviventes.
Feldon foi um dos pioneiros a aprimorar a magia de Hurkyl, mas durante o ataque das máquinas, ele entregou o Sílex Golgothiano para sua amada Loran e pediu que ela fugisse com o item. Por azar, ela foi capturada e, posteriormente, torturadas por Ashnod, um discípulo macabro de Mishra, que desejava obter todos os segredos do Terceiro Caminho e utilizar o artefato para causar mais discórdia entre os Irmãos.
Após um breve período, Loran foi resgatada do cativeiro e por Feldon. Eles viveram felizes em uma pequena casa de campo perto da Geleira desde o momento em que o artefato foi ativado por Urza em Argoth, um evento que conduziria Dominária à Era Glacial. Ambos acreditavam que o resfriamento do mundo poderia ser algo bom contra a terrível guerra que nunca terminava.
Dez anos se passaram até que Loran foi vítima de uma doença e morreu. Inconsolável pela dor da perda de sua esposa, Feldon tentou substituí-la por um autômato, pois estava convencido de que poderia trazer de volta à vida sua amada. No entanto, após algum tempo, ele percebeu que a criatura mecânica não era realmente Loran. Assim, ele desativou aquela máquina e a deixou no túmulo de sua esposa, como uma espécie de estátua.
Como integrante do Terceiro Caminho, Feldon era um pesquisador convicto de que existiam formas mágicas de trazer Loran de volta. Embora ele fosse extremamente hábil com o mana vermelho, ele sabia que seria preciso encontrar alguém que manipulasse outras formas de magias para ajudá-lo. Então, ele partiu em uma jornada em busca do conhecimento necessário para realizar aquele objetivo.
A primeira pessoa que ele encontrou foi um eremita louco que vivia perto das ruínas de Sarinth. Mas sua magia verde influenciava apenas os vivos, não os mortos. Portanto, o mago rural deu Feldon as instruções para encontrar uma feiticeira que vivia perto do Lago Ronom. O entusiasmo de Feldon seguindo aquela dica logo foi resfriado, pois a feiticeira era habilidosa apenas com o mana azul e, portanto, apenas poderia criar ilusões de Loran, não realmente trazê-la de volta à vida.
Nem tudo estava perdido ainda, pois a feiticeira contou para Feldon sobre a existência de um mago tenebroso que viva nos pântanos próximos, embora também tenha o advertido para não ir atrás de tal figura desprezível. Mas Feldon estava cego por sua dor e partiu mesmo assim. Quando encontrou o mago, vivendo em um casebre no meio de um brejo fétido, este prometeu para Feldon que lhe ensinaria um feitiço capaz de fazer Loran voltar ao mundo dos vivos em troca da bengala mágica. O trato foi feito e ambos cumpriram suas partes. Feldon conseguiu conjurar a magia para reviver sua amada, mas quando o fez se arrependeu muito. Ele havia apenas criado uma versão zumbi dela, sem qualquer inteligência ou lembrança de outrora. Desgostoso, Feldon desfez o feitiço e tomou sua bengala de volta das mãos do mago negro, mandando-o partir por mentir sobre ao resultado da magia.
Mesmo assim, Feldon não desistiu. Pelo menos não até encontrar um sábio que manipulava a magia do mana branco. Este homem ensinou para Feldon que não existia nenhum tipo de segredo místico capaz de trazer alguém realmente de volta como ele desejava e que tudo que ele conseguiria criar se continuasse nesta busca sem sentido seriam cópias e sombras de sua esposa. Após muito refletir, Feldon decidiu criar uma cópia de Loran a partir de sua memória, mas apenas para olhar para ela e dizer adeus, pois fazer isso era algo que ele precisava fazer para superar a dor de sua perda.
Quando finalmente recobrou sua tranquilidade, Feldon dedicou o restante de sua vida transmitindo todos os conhecimentos mágicos que possuía para outros estudiosos em Terisiare, tornando-se uma dos mais renomados e importantes mestres de sua época. Após sua morte, alguns termos como "Pela Bengala de Feldon!" eram comumente proferidos por diversos magos e assistentes durante longas décadas.
Mto legal. Quero ter Feldons!
ResponderExcluirGorge
:'). Emocionante porque eu estou lendo a Guerra dos Irmãos e lá a Loran é apresentada em sua juventude. Bonito.
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