terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Kessig


A província de Kessig é uma vastidão de terras agrícolas circundada por bosques escuros e sombrios do plano Innistrad. Os bosques são esconderijos de lobos, fantasmas e outras ameaças monstruosas, enquanto as plantações fornecem o sustento básico da população humana local.
  
Os kessigianos são autônomos, pragmáticos e francos. Eles se valem de sua fé inabalável em Avacyn e de sua magia rústica, não confiando nas autoridades de Thraben nem nos comerciantes de Nefália. Devido a sua posição isolada, Kessig provavelmente é a província mais ameaçada pelas forças malignas. Agora que a influência dos protetores mágicos de Avacyn está diminuindo, não há nada que impeça as alcateias de lobisomens uivantes e os luminosos geists guinchantes de invadirem as aldeias rurais. Consequentemente, os aldeões revoltosos por vezes optam por se aventurarem pelas estradas que levam para longe da província, repletas de demônios e outros perigos que surgem a cada lua cheia, como as alcatéias de lobisomens que rondam as áreas desertas de Innistrad, caçando os viajantes e aterrorizando as paróquias rurais.

Toda a agricultura foi abandonada em Kessig. Rebanhos de ovelhas e pastores têm sido dizimadas por lobisomens, bem como geists emergem das planícies para atormentar os fazendeiros ao longo das estradas solitárias. As canções populares e provérbios rústico de trabalhadores de campo, anteriormente impregnados com o poder da fé em Avacyn, agora são apenas palavras ao vento e de nada mais servem. Todos os habitantes dessa província sempre foram desconfiados por natureza, mas agora nenhum viajante necessitado vai encontrar qualquer tipo de ajuda por parte deles.

Os cátaros, guerreiros sagrados da igreja, guardavam os povoados e cemitérios com suas espadas e sua magia celestial. Mesmo uma família isolada nos confins das florestas de Kessig podia desfrutar de certa segurança em sua robusta cabana. No entanto, quando Avacyn desapareceu, o poder de suas proteções começou a falhar. Nestes tempos de desespero, os cátaros trabalham incansavelmente para reforçar as defesas que mantêm o mal afastado. Firmes em sua fé, os sacerdotes fazem o melhor para assegurar ao seu rebanho que às vezes a hora mais sombria vem pouco antes da aurora.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Freyalise


Freyalise foi uma meia-elfa originária do plano de Dominária. Uma anciã poderosa, ela era venerada como uma deusa entre os elfos daquele plano e dedicou sua vida para protegê-los, chegando a morrer por eles.

Durante a longa era glacial que envolveu o mundo de Dominária por gerações, uma jovem órfã chamada Freyalise mudou o seu destino ao tomar o caminho para o reino de Storgard ao invés de permanecer alheia à civilização como normalmente acontecia com todos que eram proles bastardas. Lá, ela cresceu e se tornou uma maga da corte, especializando-se em várias disciplinas elementais relacionadas ao fogo, sob a tutela do feiticeiro Zilgeth, líder do Clã Rubi, a elite dos magos a serviço da realeza.

Ela cresceu ao lado de Jason Carthalion, um discípulo do Clã Esmeralda e estudioso do mana verde. Uma das costumeiras diversões destes dois jovens era uma acirrada luta promovida pelos Clãs como uma forma de medirem habilidades. No entanto, em uma destas disputas, o maligno Tevesh Szat secretamente manipulou Jason e o fez desferir um golpe mortal em Freyalise, que neste sobreviveu graças à centelha de planinauta que despertou em virtude do ataque fulminante que a meia-elfa recebera. Curiosamente, a ferida causada por Jason não apenas arrancou um olho de Freyalise como também influenciou em sua habilidade de controlar a magia, pois a partir de então seu poder sobre o mana vermelho foi substituído por um amplo conhecimento do mana verde.

Com o passar dos anos e o crescimento do poder de Freyalise, ela passou a proteger os elfos de Llanowar e Fyndhorn dos males que buscavam prolongar a Era Glacial. Os elfos passaram a reverenciá-la como uma deusa que dava vida a seus seguidores e destruía ferozmente seus inimigos. Freyalise aceitou relutantemente este papel, enquanto buscava uma maneira de encerrar aquele período gélido em que o plano se encontrava. Com a ajuda de outros magos e planinautas, ela conjurou a Mágica Universal, um elaborado ritual mágico que restaurou o clima natural do mundo.

Séculos depois, quando os phyrexianos invadiram Dominária, o famigerado Urza convenceu Freyalise a ajudá-lo na luta contra as máquinas infernais de Yawgmoth. Ela nunca confiou em Urza, pois sabia que ele só se importava com seus próprios objetivos, mas lutou ao seu lado para proteger seu povo e seu plano natal. Juntos e com a ajuda de outros planinautas, eles enfrentaram não só as tropas diabólicas, como também a ameaça mágica representada por outro mundo sob jugo phyrexiano, o qual colidiu e se fundiu a Dominária. Por fim, Freyalise e seus companheiros planinautas avançaram sobre Phyrexia, detonando armamentos poderosos e deixando aquele plano em ruínas. Dos nove planinautas que partiram nesta empreitada suicida, apenas dois sobreviveram: Freyalise e Windgrace . Ela construiu a Tumba dos Mártires em homenagem a seus companheiros e a todos aqueles que morreram durante a Invasão Phyrexiana.
  
Nos séculos seguintes, Freyalise velou pelos elfos de Dominária, usando sua própria essência para proteger o refúgio élfico de Skyshroud dos perigos do mundo e adquirindo uma postura ainda mais xenófoba. Mas o tecido do tempo começou a se desfazer e uma Fenda Temporal se abriu sobre os domínios de Freyalise. Muitas criaturas malignas atravessaram esta distorção dimensional e atacaram o povo da floresta. No fim, ao perceber que sua magia não seria mais capaz de proteger os elfos, ela sacrificou sua essência e sua vida para selar a fenda em um ato derradeiro para proteger seu plano e seu povo, o qual foi bem sucedido.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Feldon


Feldon foi um humano arqueólogo, glaciologista e mago que se tornou famoso durante a Guerra dos Irmãos. Ele cresceu ao pé da Geleira de Ronom, em Terisiare, de modo que seu interesse pelos segredos enterrados no gelo era uma paixão natural. Por isso, desde muito jovem, ele já havia iniciado escavações e estudos em busca de tais itens. Suas mais bem sucedidas descobertas foram o Sílex Golgothiano e uma lendária Bengala mágica.

Quando a Guerra dos Irmãos intensificou-se, um grupo de intelectuais decidiu não tomar partido perante nenhum dos dois lados, preferindo constituir o Terceiro Caminho. Este, era um grupo de pesquisa que esperava descobrir uma maneira de derrotar os Irmãos ou, pelo menos, neutralizar a situação. Feldon uniu-se ao grupo e, nele, conheceu uma bela mulher chamada Loran, por quem ele se apaixonou.

Mais tarde, a Irmandade de Gix manipulou Mishra afim de destruir o Terceiro Caminho. Juggernauts e bestas mecânicos atacaram e destruíra a Cidade de Terisia, local que servia como sede do grupo. Porém, durante a batalha, a famigerada Hurkyl deu a vida para conjurar um feitiço mágico que desmantelou as máquinas e interrompeu o ataque. Apesar de seu centro de reuniões ter sido aniquilado, muitos membros do Terceiro Caminho escaparam com vida. No entanto, eles aprenderam que as criaturas mecanizadas poderiam se tornar um problema cada vez mais freqüente em seu caminho e, por isso, começaram a praticar e aprimorar as pesquisas sobre magias defensivas que Hurkyl havia deixado como legado para os seus companheiros sobreviventes. 

Feldon foi um dos pioneiros a aprimorar a magia de Hurkyl, mas durante o ataque das máquinas, ele entregou o Sílex Golgothiano para sua amada Loran e pediu que ela fugisse com o item. Por azar, ela foi capturada e, posteriormente, torturadas por Ashnod, um discípulo macabro de Mishra, que desejava obter todos os segredos do Terceiro Caminho e utilizar o artefato para causar mais discórdia entre os Irmãos.

Após um breve período, Loran foi resgatada do cativeiro e por Feldon. Eles viveram felizes em uma pequena casa de campo perto da Geleira desde o momento em que o artefato foi ativado por Urza em Argoth, um evento que conduziria Dominária à Era Glacial. Ambos acreditavam que o resfriamento do mundo poderia ser algo bom contra a terrível guerra que nunca terminava.

Dez anos se passaram até que Loran foi vítima de uma doença e morreu. Inconsolável pela dor da perda de sua esposa, Feldon tentou substituí-la por um autômato, pois estava convencido de que poderia trazer de volta à vida sua amada. No entanto, após algum tempo, ele percebeu que a criatura mecânica não era realmente Loran. Assim, ele desativou aquela máquina e a deixou no túmulo de sua esposa, como uma espécie de estátua.
  
Como integrante do Terceiro Caminho, Feldon era um pesquisador convicto de que existiam formas mágicas de trazer Loran de volta. Embora ele fosse extremamente hábil com o mana vermelho, ele sabia que seria preciso encontrar alguém que manipulasse outras formas de magias para ajudá-lo. Então, ele partiu em uma jornada em busca do conhecimento necessário para realizar aquele objetivo.
  
A primeira pessoa que ele encontrou foi um eremita louco que vivia perto das ruínas de Sarinth. Mas sua magia verde influenciava apenas os vivos, não os mortos. Portanto, o mago rural deu Feldon as instruções para encontrar uma feiticeira que vivia perto do Lago Ronom. O entusiasmo de Feldon seguindo aquela dica logo foi resfriado, pois a feiticeira era habilidosa apenas com o mana azul e, portanto, apenas poderia criar ilusões de Loran, não realmente trazê-la de volta à vida.

Nem tudo estava perdido ainda, pois a feiticeira contou para Feldon sobre a existência de um mago tenebroso que viva nos pântanos próximos, embora também tenha o advertido para não ir atrás de tal figura desprezível. Mas Feldon estava cego por sua dor e partiu mesmo assim. Quando encontrou o mago, vivendo em um casebre no meio de um brejo fétido, este prometeu para Feldon que lhe ensinaria um feitiço capaz de fazer Loran voltar ao mundo dos vivos em troca da bengala mágica. O trato foi feito e ambos cumpriram suas partes. Feldon conseguiu conjurar a magia para reviver sua amada, mas quando o fez se arrependeu muito. Ele havia apenas criado uma versão zumbi dela, sem qualquer inteligência ou lembrança de outrora. Desgostoso, Feldon desfez o feitiço e tomou sua bengala de volta das mãos do mago negro, mandando-o partir por mentir sobre ao resultado da magia.

Mesmo assim, Feldon não desistiu. Pelo menos não até encontrar um sábio que manipulava a magia do mana branco. Este homem ensinou para Feldon que não existia nenhum tipo de segredo místico capaz de trazer alguém realmente de volta como ele desejava e que tudo que ele conseguiria criar se continuasse nesta busca sem sentido seriam cópias e sombras de sua esposa. Após muito refletir, Feldon decidiu criar uma cópia de Loran a partir de sua memória, mas apenas para olhar para ela e dizer adeus, pois fazer isso era algo que ele precisava fazer para superar a dor de sua perda.

Quando finalmente recobrou sua tranquilidade, Feldon dedicou o restante de sua vida transmitindo todos os conhecimentos mágicos que possuía para outros estudiosos em Terisiare, tornando-se uma dos mais renomados e importantes mestres de sua época. Após sua morte, alguns termos como "Pela Bengala de Feldon!" eram comumente proferidos por diversos magos e assistentes durante longas décadas.
  

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Guerra Dracônica


A Guerra Dracônica, ou Guerra dos Dragões Ancestrais, foi um grande conflito que ocorreu em Dominária entre os mais antigos e poderosos dragões, denominados Dragões Ancestrais. 

Os Dragões Ancestrais foram famosos e temidos como os mestres de seus reinos desde época imemoráveis. Eles possuem muitas formas e tamanhos, bem como inteligência e poderes mágicos únicos, os quais rivalizavam com o de qualquer planinauta. Por isso, foram adorados como divindades soberanas pelas demais raças deste plano há milênios atrás. Mas, outra característica peculiar destes seres é a ganância. Assim, em determinado momento, eles começaram a lutar uns contra os outros com o intuito de obter o poder absoluto. Foi quando a Guerra Dracônica deflagrou-se.

No entanto, esta Guerra tomou proporções cataclísmicas e o desenrolar de seus acontecimentos alterou significativamente Dominária, além de refletir em muitos outros planos com o passar do tempo. Durante os confrontos entre cada uma destas titânicas criaturas, civilizações inteiras pereceram, vítimas infortunadas das lutas travadas por eles. Em questão cronológica, a Guerra dos Dragões Ancestrais é o conflito mais antigo da história do Multiverso

Tal evento culminou na morte da maioria dos dragões de outrora, portadores de poderes além da compreensão humana. Apenas os irmãos Nicol Bolas, Chromium Rhuell, Arcades Sabboth, Palladia-Mors, seu primo Vaevictis Asmadi e, possivelmente, Piru foram os sobreviventes deste período brutal. Como remanescentes, eles passaram a governar vastos territórios e reger seus descendentes dracônicos. Porém, Nicol Bolas é o único dragão ancestral conhecido que ainda permanece vivo, sendo considerado o membro mais poderoso de sua raça e, provavelmente, o ser mais antigo ainda em atividade.

Os derrotados que não morreram durante os confrontos, por outro lado, foram despojados de suas asas e de seu poder, lançados ao solo para viverem em decadência (e a partir de suas proles originaram-se criaturas que mais tarde seriam chamadas de Vormes).


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sem Subtipo de Criatura


Quando houve uma massiva atualização dos tipos de criaturas em 2007, muitas correções foram feitas e diversos subtipos foram criados para muitas cartas. Porém, uma única carta se tornou uma exceção curiosa: Nameless Race. A essência desta carta, cujo nome traduzido seria algo como Raça Sem-Nome ou Raça Anônima, está centrada em ser um tipo de criatura que ninguém sabe qual é. Assim, para manter essa característica peculiar, ela foi oficializada pela Wizards como a única criatura que não possui um subtipo.

Infelizmente, a única impressão da carta foi feita na edição The Dark e, na época, ela possuía um subtipo que era o próprio nome da carta, algo comum nos primórdios do Magic. No entanto, atualmente, Nameless Race é apenas uma carta de criatura, sem mais nenhuma informação de tipo.

Além disso, especula-se que a carta Inversão Anônima tenha recebido este nome como homenagem à Nameless Race, em virtude de seu efeito que retira todos os tipos de criatura de um determinado alvo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Espada Sombria



A Espada Sombria é uma arma mística criada por Dakkon após a planinauta Geyadrone Dihada lhe prometer o poder de um deus em troca dela. Enquanto forjava a lâmina, Dakkon impregnou um encanto macabro nesta espada, que lhe conferir a habilidade de drenar a alma daqueles que pereceram perante ela. 

Geyadrone havia ensinado tal ritual para Dakkon, mas não contou seu real propósito. Assim, quando a Espada Sombria foi concluída, a planinauta-demônio apoderou-se do item e utilizou seu poder para tomar a alma do ferreiro. Mas o golpe derradeiro não aniquilou totalmente Dakkon, pois ao invés disso ele ascendeu como planinauta neste momento.

Mais tarde, a lâmina foi entregue à Sol'Kanar, uma força elemental da natureza corrompida pela magia negra de Geyadrone, para que ele empunhasse a arma enquanto conquistava Corondor. Porém, Dakkon conseguiu resgatar sua espada mais tarde, bem como sua alma.

Não se sabe o que aconteceu depois, mas especula-se que a Espada Sombria sobreviveu ao tempo e continuou fazendo parte de muitos eventos da história de Dominária. A última vez que ela foi vista, estava em posse de um morto-vivo chamado Korlash.