segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Os Ressurgidos


Quando os seres mortais sencientes morrem em Theros, eles vão para o Submundo. Habitando neste reino eternamente cinza, sem sol ou noite, sob a vigilância de Érebo, eles se tornam criaturas etéreas condenadas. Mas, ao longo dos séculos, muitos habitantes do Submundo escaparam e voltaram para o reino iluminado dos vivos. Eles são chamados de Ressurgidos ou Noston (de Nostos, "retornar para casa").

Para saírem do Submundo, os seres devem desistir de sua identidade e de seus próprios rostos, de forma que estes se tornam uma superfície lisa com buracos no lugar dos olhos e uma boca. Isso não significa que Os Ressurgidos não têm personalidade ou memória. Seu nome e passado são esquecidos, mas suas habilidades e personalidade são mantidas. Ou seja, os acontecimentos e as relações da vida do mortal são perdidas, mas os resultados desses eventos continuam intactos (como a fala ou a capacidade de tocar música). Além disso, Os Ressurgidos perdem a completamente capacidade de formar memórias de longo prazo, necessárias para construir relações. Ou seja, eles não são capazes de "construir uma nova vida".

Os Ressurgidos são mortos-vivos, no sentido mais real possível. Quando eles retornam ao reino dos vivos, eles não retornam à vida. Eles precisam de água e ar, mas não necessitam de alimentos. As comunidades dos Retornados experimentam emoções fugazes e seguem rotinas diárias, mas a sua existência é um jogo de sombras, porque sem uma identidade ou a capacidade de cultivar relacionamentos de longo prazo, os elementos de suas "vidas" não têm peso ou substância.

Eles não são apenas zumbis falantes e pensadores, mas também  são sensíveis. Embora a falta de identidade impede a formação da memória de longo prazo, eles sentem emoções com base nas suas experiências. Isso, por sua vez, significa que suas emoções tendem à frustração, amargura, solidão, ressentimento, raiva e melancolia.

Quando um ser humano morre em Theros, uma máscara funerária de barro escuro é habitual, usado para "esculpir" a identidade do falecido para Athreos. Assim, quando um mortal destrói a sua identidade para sair do Submundo, aquele mortal precisar criar uma máscara para substituí-la. O ouro é o material mais comum no reino de Érebo, por isso tornou-se habitual que Os Ressurgidos substituam simbolicamente suas máscaras funerárias (e, consequentemente, suas identidades) com máscaras muito bem trabalhadas em ouro, que cobrem seus rostos alterados e funcionam como identidade substituta, ainda que frágeis.

Porque o ouro é comum no submundo, Os Ressurgidos não dão valor a ele (exceto suas próprias máscaras) e usam peças especiais de barro chamadas ostraka, como uma espécie de moeda ou ferramenta de troca. Cada ostrakon é um fragmento de uma máscara funerária de barro escuro. Estas peças de argila tem grande importância para Os Ressurgidos por razões óbvias e elas são usados ??como lembranças pelos habitantes da necrópole de Asfódelos, como troféus por aqueles em Odunos, e como ornamentação e moeda por todos de sua espécie.

Os Ressurgidos referem-se as suas duas pequenas cidades-estados como necrópoles, literalmente, afinal elas são ocupados pelos mortos. Existem assentamentos menores, mais isolados, e alguns dos Ressurgidos evitam a civilização por completo, ocupando cavernas ou simplesmente vagando errantemente. As duas necrópoles, aproximadamente iguais em tamanho, são chamadas Asfódelos e Odunos. Cada uma tem um tipo de característica própria: Asfódelos é tomada pelo desânimo, enquanto Odunos é um local que emana raiva.
 

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