Eis um excelente texto de Ricardo "Thorgrim" Mattana a respeito da importânica de um bom plano de jogo para obter bons resultados competitivos no Magic:
Quem me conhece sabe que eu sempre fui uma pessoa extremamente competitiva e perder é algo que me incomoda profundamente – pode ser um par ou ímpar, aquele truco que rola no churrasco com a galera ou aquele jogo de tabuleiro em família, perder é algo fora de cogitação.
Quando comecei a me encantar com esse jogo fantástico que é o Magic, uma das partes que mais me chamou a atenção, foi esse universo de campeonatos, premiações e prestígio que o jogo oferece. Jogar por jogar começou a ficar chato e cada partida precisava ter um propósito e um objetivo final por trás dela.
Quem vivencia essa parcela do jogo voltada para as competições, sabe que além de treinar muito é preciso estudar como nunca o jogo e o formato presente em uma dessas competições, caso o contrário, os resultados dificilmente aparecerão.
Após as minhas férias no Rio de Janeiro e em Mongaguá, voltei no começo de Fevereiro a freqüentar a Magic Domain e a jogar os campeonatos regulares que por lá tem.
O que mais me impressiona ao ver esses campeonatos pequenos - e até mesmo Regionais - é como as pessoas continuam cometendo os mesmos erros que elas cometiam há um, dois, três anos atrás. Não sei se elas não ligam para isso, possuem dificuldade em aprender ou ainda não entenderam como o jogo funciona, mas o nível realmente é muito baixo. (Não só na Magic Domain, mas o nível do jogador brasileiro de uma maneira geral)
Não que eu seja um extraordinário jogador, mas nesses últimos dois anos em que resolvi levar o jogo mais a sério, um dos fatores que mais me preocupava era se eu estava ou não em constante evolução. Não só em termos de ranking ou de resultados, mas se eu estava realmente aprendendo algo e melhorando minha forma de jogar.
Com isso em mente pude perceber que eu enxergo e me comporto em uma partida de Magic muito diferente da maioria dos jogadores, portanto resolvi escrever esse pequeno texto para passar algumas dicas e ensinamentos que eu aprendi nesses últimos anos para que vocês comecem a se comportar de uma maneira diferente em seus jogos. Pode até ser que alguma das coisas que eu vou falar sejam óbvias para alguns, mas tenho certeza que o texto será útil para muita gente.
Mulligar ou não Mulligar, eis a questão
Pode parecer besteira, mas um dos momentos mais importantes em uma partida é saber se você deve ou não manter sua mão. Muita gente evita de mulligar e mantêm em uma mão inadequada e perde antes mesmo da partida começar.
Quando você ainda não sabe qual é o deck do seu oponente, normalmente você só opta por mulligar caso venha uma mão com poucos terrenos, uma mão com muitos terrenos ou que a combinação de cartas de sua mão seja péssima para o restante do jogo.
Mas caso você já saiba qual é o deck do seu oponente, seja por que é o segundo game de uma partida ou por que você antes do jogo já sabia do que o oponente está jogando, mulligans estratégicos são muito mais importantes do que parecem.
Tais mulligans ocorrem por diversos motivos – você precisa começar o jogo com aquela carta que vai cortar o combo do seu oponente, seu deck precisa no early game ter aquela carta que vai segurar um deck aggro ou tal carta no começo do jogo é fundamental para que você ganhe do oponente.
Porém, mulligar nem sempre é a solução para todos os problemas. Antes de você pensar em mulligar, você precisa se perguntar “Qual mão eu gostaria de abrir no lugar dessa e se essa mão será realmente melhor do que essa que eu possuo.”
O que eu vejo muita gente fazer é manter uma mão automaticamente só por que a mão possui 4 cartas e 3 terrenos. Não que isso seja errado, mas as pessoas precisam parar de jogar no automático e se perguntar mais vezes o por que de cada decisão em uma partida. Principalmente se esta decisão for escolher a mão mais adequada para definir seu futuro durante o jogo.
Plano de jogo
O que poucas pessoas param para pensar durante uma partida é qual o plano dela durante o jogo. Como atualmente é muito raro você encontrar um deck que você nunca tenha visto durante um campeonato, basta um ou dois turnos para que você já descubra com qual deck o seu oponente está.
Partindo deste princípio, a sua maneira de jogar tem que ser total influenciada pelo deck do seu oponente. Muito provável que você não saiba as 75 cartas da lista dele, mas é preciso que durante o jogo você acesse aquele banco de dados que você possui em sua cabeça para agir conforme as cartas que ele usa ou poderia usar.
Como por exemplo, se eu estou jogando um campeonato Standard e meu oponente faz um Fetid Heath, a chance de ele estar jogando de BW Tokens é imensa. Sendo assim, logo me vem a cabeça listas de BW que conquistaram grandes resultados recentemente como a do LSV no PT Kyoto. Entretanto, o ideal é você ter em mente que o oponente pode estar com essa lista, mas sem esquecer-se de outras cartas importantes que um BW Tokens pode ter, como por exemplo, Thoughtseize.
Para quem está por dentro do ambiente e sabe o que se passa nos principais campeonatos do mundo, esse pensamento é algo natural e você faz em todas as partidas, sem muito esforço.
Porém não basta você saber quais as cartas que o seu oponente possui no baralho ou poderia possuir, é preciso entender o que fazer durante o jogo. Eu poderia citar uma série de exemplos, mas o que me vem melhor a cabeça é o que o Pauto Vitor escreveu em seu report do PT Hollywood do ano passado.
Neste report, o Paulo Vitor descreve exatamente como ele deveria se comportar em um mirror de Faeries, de acordo com a situação que ele se encontrava. O report é um dos melhores textos que eu já li sobre Magic, portanto recomendo para todos que sabem inglês a leitura. O trecho que eu me refiro encontra-se no “Round 3 - Utter-Leyton, Josh - Faeries“.
Bolar um plano de jogo para uma determinada partida não é nada fácil. É preciso treinar MUITO contra os principais decks do ambiente e nesses jogos variar algumas estratégias, voltar algumas jogadas, tentar jogadas diferentes, tudo com o intuito de descobrir qual a melhor solução para tal partida. Muitas vezes o que o deck precisa é de alguma carta que você ainda não possui em sua lista, mas em outras ocasiões o segredo para a partida está na sua maneira de jogar.
Por exemplo, se você está jogando de Kithkins. Não basta apenas imaginar que o seu plano durante o jogo é ser o mais agressivo possível. É preciso entender do que o oponente está jogando para optar se é melhor abrir com Goldmeadow Stalwart, seguido de Meadowgrain e Glorious Anthem ou começar o jogo com Stalwart, Figure of Destiny mais pump, para no terceiro turno transformar o Figure em 4/4.
São pequenas decisões como essas que definem uma centena de partidas e poucos sabem. O importante é você ter em mente que cada decisão tem um propósito - vou transformar o Figure em 4/4, por que desta forma evito com que ele morra futuramente para um Infest/Fallout ou vou fazer o Meadowgrain, pois os pontos de vida que irei ganhar nessa altura da partida serão importantes no final e por aí vai.
Colocando o Sideboard
Seguindo esta idéia de que você precisa ter um plano de jogo muito bem definido em sua cabeça contra os principais decks do ambiente, uma das partes fundamentais é saber como sidear.
O que eu vejo muita gente fazendo é colocar as cartas certas para a partida, mas não ter a mínima idéia do que tirar. A pessoa está de Kithkins e sabe que tem que colocar para dentro Ranger of Eos e Burrenton, mas ela não tem a mínima idéia do que tirar.
Como resolver isso? Mais uma vez, a resposta é jogar MUITO com o deck, antes de se aventurar com a lista durante algum campeonato. O que ajuda bastante é teorizar com os seus companheiros de treino e procurar artigos sobre o assunto. Reports de jogadores que já jogaram com o seu deck ou artigos de profissionais sempre ajudam em alguma coisa, mas o fundamental mesmo é jogar e colocar todas estas idéias em prática.
Cansei de ver jogadores que copiam decks da internet, mas não tem a mínima idéia do que fazerem com ele. Não há nada de errado ao copiar uma lista, até recomendo, mas é preciso jogar muito para entender como ela funciona e o que fazer na hora do side in/side out, que é outro momento tão importante quanto a hora de mulligar e que muitas pessoas ainda não tem a mínima idéia do que fazer.
Outro ponto importante é saber escolher a estratégia mais adequada pós sideboard e que cartas serão importantes. Quando eu jogava de BG Elves, na maioria das vezes a primeira carta a ser escolhida para sair do deck era o Boreal Druid. Alguns vão questionar – se em quase todos os jogos o Boreal Druid saía, qual a razão de manter ele no main deck? Por que no game 1 dos jogos, era muito importante ter mais um elfo que pudesse aumentar a possibilidade de fazer Imperious Perfect ou Civic Wayfinder no turno 2.
Outro caso que eu gosto de lembrar foi quando eu ganhei o Regional usando um deck Grull e eu, na minha opinião, tinha bolado um plano brilhante para lidar com o Angelfire nos games pós sideboard. Depois de tentar diversas estratégias durante os treinos, a que me pareceu mais adequada e que me trouxe mais resultados foi a de jogar com Tin Street Hooligan, Blood Moon e Seal of Primordium para lidar com os Signets, Círculo de Proteção Vermelho e os terrenos não básicos do Angelfire.
Enfim, existem diversos exemplos que explicariam minha opinião sobre o assunto, mas acredito que os dois citados sejam suficientes para demonstrar a idéia que eu queria passar. Eu poderia também citar alguns outros erros comuns que eu costumo acompanhar nesses campeonatos regulares, mas vou parar por aqui, para quem sabe voltar a dissertar sobre o assunto em um outro texto.
Mas a idéia principal que eu realmente queria passar com esse texto, é que você não precisa necessariamente ser o melhor jogador do mundo para conquistar bons resultados, mas para você se dar bem em um campeonato específico, você precisa estar muito bem preparado e entender como nunca como o seu deck funciona.
Não basta apenas jogar infinitas vezes com o seu deck antes do campeonato que você esteja se preparando, é preciso treinar com disciplina e realmente entender como os prováveis confrontos que você enfrentará ao longo do campeonato funcionam.
Ter em mente qual mão você deve manter ou mulligar, qual o plano de jogo para cada partida e qual o side in/side out adequados são elementos fundamentais e sem eles previamente bem definidos em sua cabeça, você não deveria nem sair de casa para jogar.
Espero que o texto tenha sido útil para muitos jogadores e até a próxima.
Quem me conhece sabe que eu sempre fui uma pessoa extremamente competitiva e perder é algo que me incomoda profundamente – pode ser um par ou ímpar, aquele truco que rola no churrasco com a galera ou aquele jogo de tabuleiro em família, perder é algo fora de cogitação.
Quando comecei a me encantar com esse jogo fantástico que é o Magic, uma das partes que mais me chamou a atenção, foi esse universo de campeonatos, premiações e prestígio que o jogo oferece. Jogar por jogar começou a ficar chato e cada partida precisava ter um propósito e um objetivo final por trás dela.
Quem vivencia essa parcela do jogo voltada para as competições, sabe que além de treinar muito é preciso estudar como nunca o jogo e o formato presente em uma dessas competições, caso o contrário, os resultados dificilmente aparecerão.
Após as minhas férias no Rio de Janeiro e em Mongaguá, voltei no começo de Fevereiro a freqüentar a Magic Domain e a jogar os campeonatos regulares que por lá tem.
O que mais me impressiona ao ver esses campeonatos pequenos - e até mesmo Regionais - é como as pessoas continuam cometendo os mesmos erros que elas cometiam há um, dois, três anos atrás. Não sei se elas não ligam para isso, possuem dificuldade em aprender ou ainda não entenderam como o jogo funciona, mas o nível realmente é muito baixo. (Não só na Magic Domain, mas o nível do jogador brasileiro de uma maneira geral)
Não que eu seja um extraordinário jogador, mas nesses últimos dois anos em que resolvi levar o jogo mais a sério, um dos fatores que mais me preocupava era se eu estava ou não em constante evolução. Não só em termos de ranking ou de resultados, mas se eu estava realmente aprendendo algo e melhorando minha forma de jogar.
Com isso em mente pude perceber que eu enxergo e me comporto em uma partida de Magic muito diferente da maioria dos jogadores, portanto resolvi escrever esse pequeno texto para passar algumas dicas e ensinamentos que eu aprendi nesses últimos anos para que vocês comecem a se comportar de uma maneira diferente em seus jogos. Pode até ser que alguma das coisas que eu vou falar sejam óbvias para alguns, mas tenho certeza que o texto será útil para muita gente.
Mulligar ou não Mulligar, eis a questão
Pode parecer besteira, mas um dos momentos mais importantes em uma partida é saber se você deve ou não manter sua mão. Muita gente evita de mulligar e mantêm em uma mão inadequada e perde antes mesmo da partida começar.
Quando você ainda não sabe qual é o deck do seu oponente, normalmente você só opta por mulligar caso venha uma mão com poucos terrenos, uma mão com muitos terrenos ou que a combinação de cartas de sua mão seja péssima para o restante do jogo.
Mas caso você já saiba qual é o deck do seu oponente, seja por que é o segundo game de uma partida ou por que você antes do jogo já sabia do que o oponente está jogando, mulligans estratégicos são muito mais importantes do que parecem.
Tais mulligans ocorrem por diversos motivos – você precisa começar o jogo com aquela carta que vai cortar o combo do seu oponente, seu deck precisa no early game ter aquela carta que vai segurar um deck aggro ou tal carta no começo do jogo é fundamental para que você ganhe do oponente.
Porém, mulligar nem sempre é a solução para todos os problemas. Antes de você pensar em mulligar, você precisa se perguntar “Qual mão eu gostaria de abrir no lugar dessa e se essa mão será realmente melhor do que essa que eu possuo.”
O que eu vejo muita gente fazer é manter uma mão automaticamente só por que a mão possui 4 cartas e 3 terrenos. Não que isso seja errado, mas as pessoas precisam parar de jogar no automático e se perguntar mais vezes o por que de cada decisão em uma partida. Principalmente se esta decisão for escolher a mão mais adequada para definir seu futuro durante o jogo.
Plano de jogo
O que poucas pessoas param para pensar durante uma partida é qual o plano dela durante o jogo. Como atualmente é muito raro você encontrar um deck que você nunca tenha visto durante um campeonato, basta um ou dois turnos para que você já descubra com qual deck o seu oponente está.
Partindo deste princípio, a sua maneira de jogar tem que ser total influenciada pelo deck do seu oponente. Muito provável que você não saiba as 75 cartas da lista dele, mas é preciso que durante o jogo você acesse aquele banco de dados que você possui em sua cabeça para agir conforme as cartas que ele usa ou poderia usar.
Como por exemplo, se eu estou jogando um campeonato Standard e meu oponente faz um Fetid Heath, a chance de ele estar jogando de BW Tokens é imensa. Sendo assim, logo me vem a cabeça listas de BW que conquistaram grandes resultados recentemente como a do LSV no PT Kyoto. Entretanto, o ideal é você ter em mente que o oponente pode estar com essa lista, mas sem esquecer-se de outras cartas importantes que um BW Tokens pode ter, como por exemplo, Thoughtseize.
Para quem está por dentro do ambiente e sabe o que se passa nos principais campeonatos do mundo, esse pensamento é algo natural e você faz em todas as partidas, sem muito esforço.
Porém não basta você saber quais as cartas que o seu oponente possui no baralho ou poderia possuir, é preciso entender o que fazer durante o jogo. Eu poderia citar uma série de exemplos, mas o que me vem melhor a cabeça é o que o Pauto Vitor escreveu em seu report do PT Hollywood do ano passado.
Neste report, o Paulo Vitor descreve exatamente como ele deveria se comportar em um mirror de Faeries, de acordo com a situação que ele se encontrava. O report é um dos melhores textos que eu já li sobre Magic, portanto recomendo para todos que sabem inglês a leitura. O trecho que eu me refiro encontra-se no “Round 3 - Utter-Leyton, Josh - Faeries“.
Bolar um plano de jogo para uma determinada partida não é nada fácil. É preciso treinar MUITO contra os principais decks do ambiente e nesses jogos variar algumas estratégias, voltar algumas jogadas, tentar jogadas diferentes, tudo com o intuito de descobrir qual a melhor solução para tal partida. Muitas vezes o que o deck precisa é de alguma carta que você ainda não possui em sua lista, mas em outras ocasiões o segredo para a partida está na sua maneira de jogar.
Por exemplo, se você está jogando de Kithkins. Não basta apenas imaginar que o seu plano durante o jogo é ser o mais agressivo possível. É preciso entender do que o oponente está jogando para optar se é melhor abrir com Goldmeadow Stalwart, seguido de Meadowgrain e Glorious Anthem ou começar o jogo com Stalwart, Figure of Destiny mais pump, para no terceiro turno transformar o Figure em 4/4.
São pequenas decisões como essas que definem uma centena de partidas e poucos sabem. O importante é você ter em mente que cada decisão tem um propósito - vou transformar o Figure em 4/4, por que desta forma evito com que ele morra futuramente para um Infest/Fallout ou vou fazer o Meadowgrain, pois os pontos de vida que irei ganhar nessa altura da partida serão importantes no final e por aí vai.
Colocando o Sideboard
Seguindo esta idéia de que você precisa ter um plano de jogo muito bem definido em sua cabeça contra os principais decks do ambiente, uma das partes fundamentais é saber como sidear.
O que eu vejo muita gente fazendo é colocar as cartas certas para a partida, mas não ter a mínima idéia do que tirar. A pessoa está de Kithkins e sabe que tem que colocar para dentro Ranger of Eos e Burrenton, mas ela não tem a mínima idéia do que tirar.
Como resolver isso? Mais uma vez, a resposta é jogar MUITO com o deck, antes de se aventurar com a lista durante algum campeonato. O que ajuda bastante é teorizar com os seus companheiros de treino e procurar artigos sobre o assunto. Reports de jogadores que já jogaram com o seu deck ou artigos de profissionais sempre ajudam em alguma coisa, mas o fundamental mesmo é jogar e colocar todas estas idéias em prática.
Cansei de ver jogadores que copiam decks da internet, mas não tem a mínima idéia do que fazerem com ele. Não há nada de errado ao copiar uma lista, até recomendo, mas é preciso jogar muito para entender como ela funciona e o que fazer na hora do side in/side out, que é outro momento tão importante quanto a hora de mulligar e que muitas pessoas ainda não tem a mínima idéia do que fazer.
Outro ponto importante é saber escolher a estratégia mais adequada pós sideboard e que cartas serão importantes. Quando eu jogava de BG Elves, na maioria das vezes a primeira carta a ser escolhida para sair do deck era o Boreal Druid. Alguns vão questionar – se em quase todos os jogos o Boreal Druid saía, qual a razão de manter ele no main deck? Por que no game 1 dos jogos, era muito importante ter mais um elfo que pudesse aumentar a possibilidade de fazer Imperious Perfect ou Civic Wayfinder no turno 2.
Outro caso que eu gosto de lembrar foi quando eu ganhei o Regional usando um deck Grull e eu, na minha opinião, tinha bolado um plano brilhante para lidar com o Angelfire nos games pós sideboard. Depois de tentar diversas estratégias durante os treinos, a que me pareceu mais adequada e que me trouxe mais resultados foi a de jogar com Tin Street Hooligan, Blood Moon e Seal of Primordium para lidar com os Signets, Círculo de Proteção Vermelho e os terrenos não básicos do Angelfire.
Enfim, existem diversos exemplos que explicariam minha opinião sobre o assunto, mas acredito que os dois citados sejam suficientes para demonstrar a idéia que eu queria passar. Eu poderia também citar alguns outros erros comuns que eu costumo acompanhar nesses campeonatos regulares, mas vou parar por aqui, para quem sabe voltar a dissertar sobre o assunto em um outro texto.
Mas a idéia principal que eu realmente queria passar com esse texto, é que você não precisa necessariamente ser o melhor jogador do mundo para conquistar bons resultados, mas para você se dar bem em um campeonato específico, você precisa estar muito bem preparado e entender como nunca como o seu deck funciona.
Não basta apenas jogar infinitas vezes com o seu deck antes do campeonato que você esteja se preparando, é preciso treinar com disciplina e realmente entender como os prováveis confrontos que você enfrentará ao longo do campeonato funcionam.
Ter em mente qual mão você deve manter ou mulligar, qual o plano de jogo para cada partida e qual o side in/side out adequados são elementos fundamentais e sem eles previamente bem definidos em sua cabeça, você não deveria nem sair de casa para jogar.
Espero que o texto tenha sido útil para muitos jogadores e até a próxima.
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