Uma fera phyrexiana nativa chamada Vorinclex governa o Emaranhado, mas desde o início da guerra, ele se esconde nas ruínas de Tel-Jilad. Rodeado de conselheiros, ele é raramente visto por pessoas de fora. Sua conselheira mais íntima é Glissa, outrora uma elfa viridiana, que foi completada durante os anos em que Phyrexia se escondia no núcleo. Agora, ela se tornou a verdadeira governante da região.
As crenças de Vorinclex e Glissa estão de acordo com a ideologia fundamental de Phyrexia que afirma que a carne é fraca. Todas as outras formas de vida devem ser eliminadas ou submetidas à Phyrexia, a “espécie” definitiva. Mas diferente dos outros Phyrexianos, os dois acreditam que isso deve acontecer através de um processo acelerado de seleção natural — uma simulação monstruosa do ciclo predador-presa, onde todas as presas também são predadores.
O poder de Glissa se desenvolveu durante os anos chamados por ela de “o Impasse”, quando Phyrexia estava confinada ao núcleo interior do planeta. Durante o Impasse, havia muita discussão entre a hierarquia Phyrexiana sobre como e quando proceder com o ataque na superfície. Na época, os Pretores estavam reunindo forças para um ataque em escala global onde os mirranianos seriam todos mortos ou convertidos em pouquíssimo tempo.
Glissa se opunha a esperar até que Phyrexia estivesse forte o bastante para um ataque em massa. Ela acreditava que a espera era um sinal de fraqueza. Em vez disso, ela afirmava que os phyrexianos deveriam avançar até a superfície e iniciar a conversão ou matança dos mirranianos e transformá-los em predadores phyrexianos no mundo todo. Este era o modo correto de avançar a grande obra phyrexiana.
Nos anos do Impasse, Glissa sussurrava aos seus aliados e seguidores. A hierarquia phyrexiana está estagnada. Sua liderança é fraca e incapaz. Agindo sobre o descontentamento de outros phyrexianos — e sobrevivendo a várias tentativas de assassinato com a ajuda de Vorinclex — ela construiu uma poderosa facção através do uso da força e da astúcia.
Mesmo antes do início do ataque de Phyrexia contra a superfície, Glissa enviou seus destacamentos de feras em missões de assassinato até o Emaranhado. Elas estavam entre as primeiras a prepararem células de controle na superfície e até a chegada das hordas phyrexianas vindas do núcleo, a floresta de Mirrodin já estava sob o firme controle das forças de Glissa.
DOMÍNIO SEM ORGANIZAÇÃO
O objetivo de Glissa é criar um sistema onde os mais fortes e mais mortais dominem. Sua facção se opõe a tudo que possa atrapalhar este plano. Existem algumas ordens hierárquicas no Emaranhado. Existem funções e nichos distintos, mas não existe quase nada que represente um sistema organizado de governo. Quaisquer tentativas da criação de uma estrutura de sociedade são eliminadas brutalmente por Glissa e suas feras de guarda. O instinto predatório é o mais valorizado e não há espaço para a ambição ou senso do eu. A dominação pelo mais forte é tudo que importa hoje no Emaranhado.
Não há um único culto à personalidade no Emaranhado. A facção da mana verde não reverencia a memória de Yawgmoth. Eles acreditam que sua derrota é um sinal de que ele jamais poderia ser o verdadeiro Pai das Máquinas e a fé e a confiança em um único líder era uma péssima ideia. Eles também acreditam que ter um único ponto convergente de liderança contribui para a estagnação.
Enquanto Glissa esconde seu desprezo pelos outros Pretores, ela declara abertamente seu ódio por Geth e seus “idiotas decrépitos e inúteis”. Glissa chama Geth de “saco decadente de carne que inutilmente ocupa seu trono mortal.”
Ela está ciente da presença de Karn, mas durante sua completação, muito de sua identidade e memórias foram perdidas, incluindo o conhecimento de que Karn é o criador de seu mundo, Agora, ela também nega que ele seja o Pai das Máquinas e encara o golem prateado com desprezo e raiva.
Apesar de Glissa ser verdadeiramente a líder do Emaranhado, ela recusa a chamar a si mesma desta forma. Ela cria as feras sencientes para auxiliá-la em sua missão e apóia o estado de “ignorância pelo instinto”. Obviamente, ela acabará forçando os elfos e silvoques phyrexianizados a se livrarem da senciência, esquecerem suas linguagens e removerem todo tipo de pensamento independente.
Ela acredita na “evolução natural” e no desenvolvimento menos controlado. Glissa acha que os sacerdotes das câmaras e outros “arquitetos” estão mexendo demais com a adaptabilidade e a sobrevivência dos seres, removendo sua força inata e seu poder durante suas criações. Existe “cuidado” demais e pouca confiança no poder e no instinto.
Durante o Impasse, Glissa estava infeliz com a lenta maturação da “vida” dentro das câmaras. Junto de Vorinclex, ela criou um método de aumentar em grande escala o crescimento através do uso de amálgama de tendões, gordura e tecido cerebral. Em seus jardins, ela criou um híbrido de carne e fungo chamado “florescência fúngida”, que respira, sangra e cresce numa velocidade alarmante.
A florescência fúngida foi tão efetiva que Glissa agradou a hierarquia phyrexiana e conquistou sua confiança em suas habilidades. Com o tempo, ela evolui a florescência fúngida em feras fúngidas, sua guarda pessoal. A maior parte era de predadores sem mente, mas outros possuíam níveis variados de inteligência e conseguiam obedecer a suas ordens e executar sua vontade se necessário. Sem saber dos planos clandestinos de Glissa no Emaranhado, a liderança phyrexiana decretou que a floresta ficasse sob o controle de Vorinclex e Glissa ficaria responsável pela completação dos mirranianos na área.
O NOVO EMARANHADO
Apesar da aparência do Emaranhado ter sido alterada pela emergência que foi Phyrexia, as estruturas básicas são as mesmas. A floresta é uma área densa de “árvores” majestosas, feitas de cobre e verdete que se parece com galhos e vegetação. Vinhas de metal se espalham por entre as árvores.
As lâminas – porções de vegetação esverdeadas e com carne, semelhante aos fungos — tomaram completamente o solo do Emaranhado, que é a área florestal mais afetada. Algumas áreas estão parecidas com pântanos agora, como se o Mefidross tivesse transbordado. Em toda a parte, o chão tornou-se esponjoso e lamacento conforme a lâmina contamina o solo de metal e atinge a copa das árvores. O solo verte uma substância como pus amarelado, que exala um fedor enjoativo de frutas podres. Somente as feras maiores conseguem perambular pelo chão apodrecido do Emaranhado. O restante das criaturas nativas da floresta devem se adaptar para viver dentro dela e se locomoverem de galho em galho.
Após o ataque inicial contra a superfície, grande parte da liderança phyrexiana considerou o Emaranhado como uma terra improdutiva e inútil, se comparada ao restante de Mirrodin. Eles erroneamente acreditavam que os elfos e os silvoques seriam completamente convertidos e que as feras nativas de Mirrodin serviriam como bucha de canhão para Phyrexia.
Os silvoques foram mesmo os que mais sofreram na invasão de Phyrexia. Estavam todos mal preparados e muitos foram traídos por seus companheiros vedalkeanos. Mais da metade deles foram mortos na primeira onda que seguiu a chegada de Glissa ao Emaranhado. Mas, sob a liderança de Ezuri, muitos dos elfos viridianos conseguiram se esconder e fugir da chacina Phyrexiana. Hoje, eles criaram uma resistência pequena, mas poderosa. Os combatentes da resistência vivem nos topos das árvores e em uma rede de túneis e quartéis entalhadas por eles mesmos nas próprias árvores.
Na maior parte do Emaranhado, as áreas mais elevadas não foram afetadas ainda e é apenas uma questão de tempo até que tudo tenha sido consumido. A exceção à regra é o Jardim Cambree, localizado no topo de uma árvore gigantesca, próximo de onde ficava Tel-Jilad. O Jardim Cambree tornou-se o quartel general de Glissa e de seus lacaios. É de lá que ela facilita a grande obra de Phyrexia ao encorajar a natureza a seguir seu curso. Os mais fortes emergirão como dominantes, ela insiste. A seleção natural determinará a forma da Nova Phyrexia sem o perigo da estagnação e da adulação irritante quanto à memória de Yawgmoth.
Sob a liderança de Glissa, o Emaranhado foi totalmente tomando pelas feras. Algumas se parecem com antigas criaturas mirranianas, mas a maioria é formada por uma estranha amálgama de corpos orgânicos, metal phyrexiano e carne removida de outros corpos. Tanto Glissa quanto Benzir, o líder marionete dos silvoques completados, querem “acelerar” a seleção natural à sua própria maneira, o que resulta em criaturas cada vez mais ferozes e mortais rondando a floresta, seja nas copas das árvores ou no chão.
Os predadores mais fortes criaram um espaço para viver no Emaranhado e combatem uns aos outros por supremacia. Da maneira tipicamente phyrexiana, o instinto predatório permanece, mesmo que a necessidade do sustento já não mais exista. A ação do predador é o objetivo em si.
INTENDENTES DO EMARANHADO
Glissa e sua guarda encaram a si mesmos como os “intendentes” da floresta. Ela acredita estar encorajando o estado natural da floresta através do ato predatório. Se algo fica no caminho do instinto de matar, ela o remove através da força. A maneira de avançar a Grande Obra é continuar e acelerar o processo de “seleção natural”, para que seres cada vez mais poderosos e mortais possam surgir.
Benzir, Líder dos Silvoques Phyrexianos
Muitos silvoques perderam suas vidas na floresta durante a ocupação inicial de Glissa. O pequeno grupo de humanos que sobreviveram e se tornaram phyrexianos continuam a seguir Benzir, seu antigo líder. Como Glissa, ele acredita na supremacia do instinto predatório, mas seguiu uma tática diferente para atingir sua meta, de maneira independente à liderança de Glissa e dos phyrexianos.
Um jovem na casa dos 20 anos, Benzir era o arquidruida dos silvoques antes da invasão phyrexiana. Sob sua liderança, os silvoques se tornaram um culto de adoradores de animais, onde as criaturas eram veneradas como quase divindades e receptáculos das almas perdidas de seu povo. Foram feitas tentativas para se comunicar com os espíritos dos animais. No que se seguiu após sua completação, Benzir reteve uma versão alterada de sua crença. Seu grupo disperso acredita na alma, que é uma heresia ao sistema phyrexiano. Ele é firme em declarar que os animais, ou o que restou deles, possuem a consciência coletiva de Phyrexia e revelará como aperfeiçoá-los melhor e atingir a perfeição de criação.
Ezuri, Líder Renegado
Depois da Quinta Aurora, houve um período inicial de confusão e terror entre os elfos. Seu mundo havia mudado radicalmente, seus líderes haviam desaparecido e seu ponto focal da civilização, Tel-Jilad, a Árvore dos Contos, havia sido questionada. O resultado disso foi a migração dos elfos para o interior, indo se refugiarem nas cavidades naturais dentro das gigantescas árvores do Emaranhado. Em seu estado de medo e confusão, eles começaram a culpar uns aos outros por seus problemas, enquanto aguardavam a próxima tragédia que sofreriam.
Então, um líder surgiu. Um jovem elfo chamado Ezuri começou a unificar os Viridianos e fazê-los trabalharem em tarefas produtivas. Antes da Quinta Aurora, Ezuri não era um guerreiro de nota. Mas assim que assumiu o comando, ele exigiu que os elfos parassem de se acovardar nas rachaduras, como vermes. Ele os organizou e lhes deu um novo propósito.
Sua liderança provou-se crucial nos dias após o início do ataque Phyrexiano. Enquanto os Silvoques foram quase que totalmente assimilados ou apagados do mapa, Ezuri conseguiu salvar muitos de seu povo e mantê-los escondidos nos refúgios seguros nos topos das árvores do Emaranhado. Eventualmente ele conseguiu organizá-los em um movimento de resistência e contatou outros sobreviventes por toda Mirrodin. A esperança diminuía, mas Ezuri foi um dos líderes que se recusaram a deixá-la morrer.
Melira, Pária Silvoque
Melira é conhecida como “a de Carne” porque, diferente de todos os outros em Mirrodin, ela nasceu sem nenhuma parte de sua anatomia metálica. Ela também é única por outro aspecto: ela é imune ao contágio phyrexiano.
Melira nasceu silvoque, mas foi abandonada no Emaranhado ainda criança por causa de sua deformidade — um corpo completamente orgânico, sem traços de metal. Sozinha no Emaranhado, o bebê teria morrido. Mas foi salva por um herói inacreditável: o último Trol a viver em Mirrodin.
Os Trols que habitavam Mirrodin durante a Quinta Aurora foram levados para o plano nas armadilhas de almas do Menarca. Muitos morreram na batalha com o guerreiro Kaldra. Os que conseguiram sobreviver na Árvore dos Contos logo desapareceram com o nascer do sol verde. Muitos habitantes do Emaranhado acreditavam que todos estavam mortos mesmo antes da invasão.
Mas um sobreviveu: Thrun. Ele vive como um eremita em uma área maculada do Emaranhado e tatuou sua própra pele com a história da inocência de Glissa e a traição do Memnarca, embora se considere um covarde por não ter feito nada para espalhar a verdade sobre o que aconteceu anos atrás. Durante o tempo em que viveu escondido, Thrun descobriu evidências de uma possível ameaça phyrexiana e por sua idade e sabedoria, ele soube exatamente o que os phyrexianos poderiam causar ao mundo. Mesmo assim, ele nada fez.
E então ele encontrou Melira, uma pária como ele. Thrun a adotou, passando para a jovem o conhecimento do passado distante de Mirrodin, junto das habilidades que ela precisaria para sobreviver até hoje. De alguma forma, por causa de um acidente da natureza, Melira nasceu imune aos efeitos do Esporo, o gás produzido pelo micossintetizador que permite a anatomia metálica de Mirrodin. Thrun acabou por reconhecer o poder de sua habilidade única, afinal, Melira não era imune apenas ao Esporo, mas conforme Phyrexia se espalhava, ela continuava sem ser afetada. Ele percebeu que ela era imune ao phyresis. Melira pode vir a ser a chave para salvar Mirrodin.
As crenças de Vorinclex e Glissa estão de acordo com a ideologia fundamental de Phyrexia que afirma que a carne é fraca. Todas as outras formas de vida devem ser eliminadas ou submetidas à Phyrexia, a “espécie” definitiva. Mas diferente dos outros Phyrexianos, os dois acreditam que isso deve acontecer através de um processo acelerado de seleção natural — uma simulação monstruosa do ciclo predador-presa, onde todas as presas também são predadores.
O poder de Glissa se desenvolveu durante os anos chamados por ela de “o Impasse”, quando Phyrexia estava confinada ao núcleo interior do planeta. Durante o Impasse, havia muita discussão entre a hierarquia Phyrexiana sobre como e quando proceder com o ataque na superfície. Na época, os Pretores estavam reunindo forças para um ataque em escala global onde os mirranianos seriam todos mortos ou convertidos em pouquíssimo tempo.
Glissa se opunha a esperar até que Phyrexia estivesse forte o bastante para um ataque em massa. Ela acreditava que a espera era um sinal de fraqueza. Em vez disso, ela afirmava que os phyrexianos deveriam avançar até a superfície e iniciar a conversão ou matança dos mirranianos e transformá-los em predadores phyrexianos no mundo todo. Este era o modo correto de avançar a grande obra phyrexiana.
Nos anos do Impasse, Glissa sussurrava aos seus aliados e seguidores. A hierarquia phyrexiana está estagnada. Sua liderança é fraca e incapaz. Agindo sobre o descontentamento de outros phyrexianos — e sobrevivendo a várias tentativas de assassinato com a ajuda de Vorinclex — ela construiu uma poderosa facção através do uso da força e da astúcia.
Mesmo antes do início do ataque de Phyrexia contra a superfície, Glissa enviou seus destacamentos de feras em missões de assassinato até o Emaranhado. Elas estavam entre as primeiras a prepararem células de controle na superfície e até a chegada das hordas phyrexianas vindas do núcleo, a floresta de Mirrodin já estava sob o firme controle das forças de Glissa.
DOMÍNIO SEM ORGANIZAÇÃO
O objetivo de Glissa é criar um sistema onde os mais fortes e mais mortais dominem. Sua facção se opõe a tudo que possa atrapalhar este plano. Existem algumas ordens hierárquicas no Emaranhado. Existem funções e nichos distintos, mas não existe quase nada que represente um sistema organizado de governo. Quaisquer tentativas da criação de uma estrutura de sociedade são eliminadas brutalmente por Glissa e suas feras de guarda. O instinto predatório é o mais valorizado e não há espaço para a ambição ou senso do eu. A dominação pelo mais forte é tudo que importa hoje no Emaranhado.
Não há um único culto à personalidade no Emaranhado. A facção da mana verde não reverencia a memória de Yawgmoth. Eles acreditam que sua derrota é um sinal de que ele jamais poderia ser o verdadeiro Pai das Máquinas e a fé e a confiança em um único líder era uma péssima ideia. Eles também acreditam que ter um único ponto convergente de liderança contribui para a estagnação.
Enquanto Glissa esconde seu desprezo pelos outros Pretores, ela declara abertamente seu ódio por Geth e seus “idiotas decrépitos e inúteis”. Glissa chama Geth de “saco decadente de carne que inutilmente ocupa seu trono mortal.”
Ela está ciente da presença de Karn, mas durante sua completação, muito de sua identidade e memórias foram perdidas, incluindo o conhecimento de que Karn é o criador de seu mundo, Agora, ela também nega que ele seja o Pai das Máquinas e encara o golem prateado com desprezo e raiva.
Apesar de Glissa ser verdadeiramente a líder do Emaranhado, ela recusa a chamar a si mesma desta forma. Ela cria as feras sencientes para auxiliá-la em sua missão e apóia o estado de “ignorância pelo instinto”. Obviamente, ela acabará forçando os elfos e silvoques phyrexianizados a se livrarem da senciência, esquecerem suas linguagens e removerem todo tipo de pensamento independente.
Ela acredita na “evolução natural” e no desenvolvimento menos controlado. Glissa acha que os sacerdotes das câmaras e outros “arquitetos” estão mexendo demais com a adaptabilidade e a sobrevivência dos seres, removendo sua força inata e seu poder durante suas criações. Existe “cuidado” demais e pouca confiança no poder e no instinto.
Durante o Impasse, Glissa estava infeliz com a lenta maturação da “vida” dentro das câmaras. Junto de Vorinclex, ela criou um método de aumentar em grande escala o crescimento através do uso de amálgama de tendões, gordura e tecido cerebral. Em seus jardins, ela criou um híbrido de carne e fungo chamado “florescência fúngida”, que respira, sangra e cresce numa velocidade alarmante.
A florescência fúngida foi tão efetiva que Glissa agradou a hierarquia phyrexiana e conquistou sua confiança em suas habilidades. Com o tempo, ela evolui a florescência fúngida em feras fúngidas, sua guarda pessoal. A maior parte era de predadores sem mente, mas outros possuíam níveis variados de inteligência e conseguiam obedecer a suas ordens e executar sua vontade se necessário. Sem saber dos planos clandestinos de Glissa no Emaranhado, a liderança phyrexiana decretou que a floresta ficasse sob o controle de Vorinclex e Glissa ficaria responsável pela completação dos mirranianos na área.
O NOVO EMARANHADO
Apesar da aparência do Emaranhado ter sido alterada pela emergência que foi Phyrexia, as estruturas básicas são as mesmas. A floresta é uma área densa de “árvores” majestosas, feitas de cobre e verdete que se parece com galhos e vegetação. Vinhas de metal se espalham por entre as árvores.
As lâminas – porções de vegetação esverdeadas e com carne, semelhante aos fungos — tomaram completamente o solo do Emaranhado, que é a área florestal mais afetada. Algumas áreas estão parecidas com pântanos agora, como se o Mefidross tivesse transbordado. Em toda a parte, o chão tornou-se esponjoso e lamacento conforme a lâmina contamina o solo de metal e atinge a copa das árvores. O solo verte uma substância como pus amarelado, que exala um fedor enjoativo de frutas podres. Somente as feras maiores conseguem perambular pelo chão apodrecido do Emaranhado. O restante das criaturas nativas da floresta devem se adaptar para viver dentro dela e se locomoverem de galho em galho.
Após o ataque inicial contra a superfície, grande parte da liderança phyrexiana considerou o Emaranhado como uma terra improdutiva e inútil, se comparada ao restante de Mirrodin. Eles erroneamente acreditavam que os elfos e os silvoques seriam completamente convertidos e que as feras nativas de Mirrodin serviriam como bucha de canhão para Phyrexia.
Os silvoques foram mesmo os que mais sofreram na invasão de Phyrexia. Estavam todos mal preparados e muitos foram traídos por seus companheiros vedalkeanos. Mais da metade deles foram mortos na primeira onda que seguiu a chegada de Glissa ao Emaranhado. Mas, sob a liderança de Ezuri, muitos dos elfos viridianos conseguiram se esconder e fugir da chacina Phyrexiana. Hoje, eles criaram uma resistência pequena, mas poderosa. Os combatentes da resistência vivem nos topos das árvores e em uma rede de túneis e quartéis entalhadas por eles mesmos nas próprias árvores.
Na maior parte do Emaranhado, as áreas mais elevadas não foram afetadas ainda e é apenas uma questão de tempo até que tudo tenha sido consumido. A exceção à regra é o Jardim Cambree, localizado no topo de uma árvore gigantesca, próximo de onde ficava Tel-Jilad. O Jardim Cambree tornou-se o quartel general de Glissa e de seus lacaios. É de lá que ela facilita a grande obra de Phyrexia ao encorajar a natureza a seguir seu curso. Os mais fortes emergirão como dominantes, ela insiste. A seleção natural determinará a forma da Nova Phyrexia sem o perigo da estagnação e da adulação irritante quanto à memória de Yawgmoth.
Sob a liderança de Glissa, o Emaranhado foi totalmente tomando pelas feras. Algumas se parecem com antigas criaturas mirranianas, mas a maioria é formada por uma estranha amálgama de corpos orgânicos, metal phyrexiano e carne removida de outros corpos. Tanto Glissa quanto Benzir, o líder marionete dos silvoques completados, querem “acelerar” a seleção natural à sua própria maneira, o que resulta em criaturas cada vez mais ferozes e mortais rondando a floresta, seja nas copas das árvores ou no chão.
Os predadores mais fortes criaram um espaço para viver no Emaranhado e combatem uns aos outros por supremacia. Da maneira tipicamente phyrexiana, o instinto predatório permanece, mesmo que a necessidade do sustento já não mais exista. A ação do predador é o objetivo em si.
INTENDENTES DO EMARANHADO
Glissa e sua guarda encaram a si mesmos como os “intendentes” da floresta. Ela acredita estar encorajando o estado natural da floresta através do ato predatório. Se algo fica no caminho do instinto de matar, ela o remove através da força. A maneira de avançar a Grande Obra é continuar e acelerar o processo de “seleção natural”, para que seres cada vez mais poderosos e mortais possam surgir.
Benzir, Líder dos Silvoques Phyrexianos
Muitos silvoques perderam suas vidas na floresta durante a ocupação inicial de Glissa. O pequeno grupo de humanos que sobreviveram e se tornaram phyrexianos continuam a seguir Benzir, seu antigo líder. Como Glissa, ele acredita na supremacia do instinto predatório, mas seguiu uma tática diferente para atingir sua meta, de maneira independente à liderança de Glissa e dos phyrexianos.
Um jovem na casa dos 20 anos, Benzir era o arquidruida dos silvoques antes da invasão phyrexiana. Sob sua liderança, os silvoques se tornaram um culto de adoradores de animais, onde as criaturas eram veneradas como quase divindades e receptáculos das almas perdidas de seu povo. Foram feitas tentativas para se comunicar com os espíritos dos animais. No que se seguiu após sua completação, Benzir reteve uma versão alterada de sua crença. Seu grupo disperso acredita na alma, que é uma heresia ao sistema phyrexiano. Ele é firme em declarar que os animais, ou o que restou deles, possuem a consciência coletiva de Phyrexia e revelará como aperfeiçoá-los melhor e atingir a perfeição de criação.
Ezuri, Líder Renegado
Depois da Quinta Aurora, houve um período inicial de confusão e terror entre os elfos. Seu mundo havia mudado radicalmente, seus líderes haviam desaparecido e seu ponto focal da civilização, Tel-Jilad, a Árvore dos Contos, havia sido questionada. O resultado disso foi a migração dos elfos para o interior, indo se refugiarem nas cavidades naturais dentro das gigantescas árvores do Emaranhado. Em seu estado de medo e confusão, eles começaram a culpar uns aos outros por seus problemas, enquanto aguardavam a próxima tragédia que sofreriam.
Então, um líder surgiu. Um jovem elfo chamado Ezuri começou a unificar os Viridianos e fazê-los trabalharem em tarefas produtivas. Antes da Quinta Aurora, Ezuri não era um guerreiro de nota. Mas assim que assumiu o comando, ele exigiu que os elfos parassem de se acovardar nas rachaduras, como vermes. Ele os organizou e lhes deu um novo propósito.
Sua liderança provou-se crucial nos dias após o início do ataque Phyrexiano. Enquanto os Silvoques foram quase que totalmente assimilados ou apagados do mapa, Ezuri conseguiu salvar muitos de seu povo e mantê-los escondidos nos refúgios seguros nos topos das árvores do Emaranhado. Eventualmente ele conseguiu organizá-los em um movimento de resistência e contatou outros sobreviventes por toda Mirrodin. A esperança diminuía, mas Ezuri foi um dos líderes que se recusaram a deixá-la morrer.
Melira, Pária Silvoque
Melira é conhecida como “a de Carne” porque, diferente de todos os outros em Mirrodin, ela nasceu sem nenhuma parte de sua anatomia metálica. Ela também é única por outro aspecto: ela é imune ao contágio phyrexiano.
Melira nasceu silvoque, mas foi abandonada no Emaranhado ainda criança por causa de sua deformidade — um corpo completamente orgânico, sem traços de metal. Sozinha no Emaranhado, o bebê teria morrido. Mas foi salva por um herói inacreditável: o último Trol a viver em Mirrodin.
Os Trols que habitavam Mirrodin durante a Quinta Aurora foram levados para o plano nas armadilhas de almas do Menarca. Muitos morreram na batalha com o guerreiro Kaldra. Os que conseguiram sobreviver na Árvore dos Contos logo desapareceram com o nascer do sol verde. Muitos habitantes do Emaranhado acreditavam que todos estavam mortos mesmo antes da invasão.
Mas um sobreviveu: Thrun. Ele vive como um eremita em uma área maculada do Emaranhado e tatuou sua própra pele com a história da inocência de Glissa e a traição do Memnarca, embora se considere um covarde por não ter feito nada para espalhar a verdade sobre o que aconteceu anos atrás. Durante o tempo em que viveu escondido, Thrun descobriu evidências de uma possível ameaça phyrexiana e por sua idade e sabedoria, ele soube exatamente o que os phyrexianos poderiam causar ao mundo. Mesmo assim, ele nada fez.
E então ele encontrou Melira, uma pária como ele. Thrun a adotou, passando para a jovem o conhecimento do passado distante de Mirrodin, junto das habilidades que ela precisaria para sobreviver até hoje. De alguma forma, por causa de um acidente da natureza, Melira nasceu imune aos efeitos do Esporo, o gás produzido pelo micossintetizador que permite a anatomia metálica de Mirrodin. Thrun acabou por reconhecer o poder de sua habilidade única, afinal, Melira não era imune apenas ao Esporo, mas conforme Phyrexia se espalhava, ela continuava sem ser afetada. Ele percebeu que ela era imune ao phyresis. Melira pode vir a ser a chave para salvar Mirrodin.
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