quarta-feira, 29 de junho de 2011

Barões de Aço


Desde o início, Phyrexia surgiu dos pântanos fétidos e charcos lamacentos. Essa paisagem teve um papel importante na identidade phyrexiana. Mas, como o surgimento da Nova Phyrexia, seus sistema teve que se adaptar para o que havia disponível (até mesmo abundante) em todo tipo de terreno, dos penhascos montanhosos até as imensidões de grama cortante que recobre o Vácuo Tremeluzente. Os phyrexianos moradores do pântano têm poucos motivos de entender essa situação como uma ameaça. Eles possuem somente um entendimento vago do passado. Memórias tênues das antigas doutrinas foram passadas para eles através de traços deixados no óleo brilhante.

A ascensão da Nova Phyrexia se iniciou em Ish Sah, o epicentro do Mefidross e reduto do mana preto em Mirrodin. Muitas criaturas nativas do Mefidross já foram phyrexianas, talvez durante o dia do Memnarca. Mais para o lado interno na região, os zumbis nim e murioque serviram como base para a corrupção phyrexiana.


OS SETE BARÕES DE AÇO

Os sete barões são, sem sombra de dúvida, a influência mais poderosa na facção phyrexiana associada à mana preta. Tendo clamado seu poder durante a guerra com os habitantes do plano, os barões conseguiram estabelecer territórios ao redor das bordas sempre em expansão do Mefidross e também no submundo do núcleo da Nova Phyrexia. Somente um deles permanece no centro de Mefidross: Geth, o Guardião do Portão, perambula pelo túnel vago entre as sombras da superfície e a escuridão das profundezas.

A fraca resistência da pele está quase no fim. Phyrexia espalha suas sombra por sobre tudo que existe. Somente phyrexianos sobrevivem em Phyrexia e somente um de nós pode ser o pai de todos nós — o Pai das Máquinas. Mesmo assim, um usurpador está sentado no trono: Karn. Para os barões, este tolo prateado não poderá ser jamais o Pai das Máquinas. Para sê-lo, o indivíduo deve sobreviver ao nascimento em seu coração e às mortes de muitos irmãos. O caminho para a liderança está pavimentado com as costas ou os ossos dos inferiores ao indivíduo. A sobrevivência é o modo de vida phyrexiano e se este tal de Karn não conseguir sobreviver às tentativas de derrubá-lo do trono, ele não deveria ter sido chamado de Rei.

Cada um dos sete barões sabe a verdade, mas não a pronunciam em voz alta. Pois sussurrar tais ideias enfraqueceria as chances do barão em atingir seus objetivos futuros. A verdade é sempre uma arma nas mãos do inimigo. Nenhum barão possui amigos e os inimigos juram lealdade aos barões somente até conseguirem uma arma que possa ser usada contra eles.

Cada um dos barões trava uma guerra secreta de sucessão, entendendo com absoluta certeza de que ele/ela/a coisa é o verdadeiro Pai das Máquinas. Tudo o que importa é a eventual ascensão do barão. Planos são criados, alianças formadas, acordos são rompidos e exércitos formados. Ao assumirem a liderança, todo o brilho glorioso dos métodos utilizados para se tomar este poder será considerado de traição terrível para uma doutrina sagrada. Ainda assim, os barões não obtiveram suas posições através de ações impensadas. O sorriso esconde o verdadeiro propósito dos dentes. No momento certo, a hora para audiências e alianças educadas verá seu fim.


Sheoldred, a Sussurradora

Sheoldred, a baronesa que atualmente detém a posição de Pretora, mantém-se no coração de uma vasta rede de espiões, batedores, chantagistas e informantes. Cada grupo lidera uma ala de sua organização de várias camadas: corrupção, observação, distorção, extorção, ofuscação e disseminação.

Para Sheoldred, informação é poder. Os ignorantes falham sem saber o verdadeiro motivo, mas com conhecimento o bastante, você jamais falhará, pois não aceitará resultado algum que não avance seus objetivos. Sem dúvida alguma, Sheoldred é uma dos phyrexianos mais inteligentes e capazes no plano.

De seu trono oculto no núcleo planar, Sheoldred planeja a obtenção do controle sobre toda Phyrexia. Paciente e calculista, ela age de maneira sutil. Ela obriga seus inimigos a sempre ponderarem se estão lidando com uma aliada ou inimiga ao usar seus conhecimentos para minar o poder dos outros.


Geth, Senhor da Câmara

A cabeça morta-viva do murioque, outrora conhecido como Geth, protegia o segredo da ameaça phyrexiana debaixo do mundo e por sua cumplicidade na invasão, ele foi recompensado com um novo corpo. Desde então, ele mantém com unhas e dentes sua posição na Câmara dos Sussurros, derrotando desafiantes com uma mistura de poder, sabedoria e subterfúgio. A arma mais poderosa de Geth é a influência que ele consegue exercer através da quebra de acordos e alianças, seja para si ou para os outros. Usando contratos mágicos, ele força seus inimigos a aceitarem seus termos ou serem seus escravos para sempre.

A maior frustração de Geth é que, por causa de seu status de traidor na superfície, ele é forçado a viver no centro de Mefidross, tendo que lidar com todos os outros ambiciosos barões por todos os lados.


Azax-Azog, o Barão Demônio

O barão Azax Azog é um demônio de poder físico terrível e intelecto horrivelmente depravado. De todos os barões, ele mantém seu poder através do medo e da crueldade. Através do poder bruto e das ações de seus terríveis seguidores, Azax Azog criou um reino que se estende de Mefidross até uma grande parte da Cadeia de Óxida. Seus lacaios travam batalhas constantes contra as monstruosidades phyrexianizadas de Urabrask, que agora reside nas montanhas, geralmente forçando a união das criaturas em gangues para lutar em seu nome.

Azax Azog sabe que o medo é o único poder verdadeiro no mundo. Um oponente mais forte pode ser tão enfraquecido pelo medo que acabará por aceitar sua derrota e sua morte. Um guerreiro fraco poderia destroçar dezenas de inimigos mais valorosos quando ele os teme menos do que ao seu líder. O reino de Azog instila o medo a cada passo. Ele age sempre de maneira a todos o temerem, pois quando o terror suplantar os pensamentos, ele governará e provará ser o verdadeiro Pai das Máquinas.


Roxith, Barão da Podridão

O barão da podridão odeia toda a carne. A carne é uma doença que infecta Phyrexia e é seu objetivo primário destruir ou completar as criaturas repulsivas que Phyrexia encontrou chafurdando no exterior. O próprio Roxith eliminou de si toda a carne e osso visível, substituindo por tubos e estruturas de metal, ligando o pouco que restou de seu corpo ao tórax de um grande golem, como se tivesse sido cruxificado na frente. Este golem obedece às palavras rasgadas de Roxith como se fossem seus próprios pensamentos e ele é constantemente seguido por um grupo de diabretes carniceiros que esperam se alimentar de qualquer carne que Roxith elimine de Phyrexia.

Roxith acredita na pureza de Phyrexia e crê que a carne representa um inimigo para esta pureza. É seu desejo que tais elementos impuros sejam expurgados. Somente assim Roxith considerará o mundo digno de ser governado por ele. Até que as partes pútridas do mundo tenham desaparecido, o Barão Roxith permite que outros se considerem os líderes. Lordes dos leprosos, duques das doenças, vice-reis do vômito— Roxith será o Pai das Máquinas, não os títulos inúteis aos quais os outros se prendem.


Kraynox, o Barão das Profundezas

Kraynox, um phyrexiano repleto de membros, sempre escorregadio e recoberto de muito óleo, emergiu na superfície para combater os nativos de Mirrodin. Mas, em vez disso, ele reuniu todo seu poder no mundo e começou seu grande projeto de tecer uma nova camada entre os pilares micossinte, entre a completada Camada da Fornalha e o núcleo do mundo. Ele agora é o senhor de uma rede de plataformas e estruturas penduradas que se aproximam lentamente e se espalham como um guarda-chuva entre o núcleo de Mirrodin e o chão da Fundição. O domínio de Kraynox é um mundo escuro, saturado de óleo. Receptáculos vivos e estruturas erguem-se do líquido negro, acima dos edifícios suspensos e uma intrincada rede de aquedutos e canos carregam esse líquido para onde é necessário. Inevitavelmente, o óleo respinga e forma poças e pântanos no chão, onde os coletores trabalham para levar o óleo de volta.


Vraan, Barão do Sangue

Barão Vraan sobreviveu à guerra contra os nativos de Mirrodin como um vampiro completado. Apesar de não ser um verdadeiro phyrexiano do núcleo, ele conseguiu provar ser muito útil aos phyrexianos como assassino e líder dos assassinos. Outrora um líder entre o Concílio Lúgubre, Vraan conseguiu elevar sua importância na nova ordem phyrexiana. Conforme os phyrexianos tomavam o controle, ele também ofereceu seus serviços e de seus seguidores como um executor. Agora, membros declarados e secretos do Concílio Lúgubre podem ser encontrados por todo o mundo, agindo como assassinos e executores para muitos líderes de Phyrexia.

Vraan deseja pavimentar o caminho até o trono do Pai das Máquinas com os corpos de seus inimigos. Através de espiões, assassinatos e o enfraquecimento de seus alvos com o sacrifício de seus agentes, ele espera eliminar gradualmente todo o poder que se opõe a ele.


Thrissik, o Barão Escritor

Phyrexia existe para espalhar sua influência e obter o controle, mas o que Phyrexia deve fazer quando nada mais restar para dominar? Thrissik sabe. Ele deve dar luz ao seu destruidor. O destruidor deve então controlar Phyrexia e, a partir dela, um novo destruidor nascerá. O ciclo deve continuar porque Phyrexia deve sempre ser melhorada e fortalecida. Como cada ressureição das próprias cinzas, Phyrexia será mais forte que nunca. Thrissik busca o Destruidor e quer colocar a si mesmo como o Pai das Máquinas, pois acredita que reconhecerá o Destruidor quando ele surgir. Ele espera ser ele o Destruidor que trará o renascimento de Phyrexia, mas de qualquer forma, um novo Destruidor deve surgir eventualmente.


FEUDALISMO VIL

Criaturas sob o jugo dos barões existem em duas camadas sociais amplas. Na mais baixa estão os selvagens nim, criaturas bestiais, Mirranianos completados e mortos-vivos mercenários. Os phyrexianos puros e inteligentes e os phyrexianos completados mais úteis formam a casta superior.

O relacionamento não é diferente de algumas sociedades feudais, com a casta mais baixa atuando como servos e párias nos exércitos e a casta mais alta servindo como a nobreza nas cortes e como cavaleiros e oficiais dos exércitos dos barões. Mas tudo com o jeito phyrexiano de existir.

Por exemplo, um barão poderia demonstrar uma civilidade peculiar ao dar as boas vindas ao emissário de outro barão, conversando com ele de maneira cordial enquanto os guarda-costas do emissário são esfolados vivos. O arauto de um lorde phyrexiano importante poderia anunciar a chegada de seu senhor simplesmente entalhando o nome do mestre em sua própria pele. Tais demonstrações são costume dos phyrexianos locais; em vez disso, cada um dos barões ou senhores da guerra fúteis age dentro das fronteiras de seus territórios com a cortesia que desejarem — até que o engodo não seja mais útil.


PHYREXIANOS NATIVOS

Obliteratores

São horrores gigantescos, a próxima geração de Neutralizadores phyrexianos. Em sua eterna busca pela perfeição, os cortadores e suturadores phyrexianos criaram sua mais recente obra-prima letal.


Escaravelho Dilacerador

Enxames destas criaturas semelhantes aos besouros com lâminas, todas dotadas de faces metálicas infantis rastejam por todo o reino do Barão Roxith. Muitos viajam aos seus pés ou aos pés de seus servidores no campo de batalha, raspando e devorando a carne dos derrotados (ou dos mais fracos). Depois, os escaravelhos dilaceradores expelem uma polpa avermelhada que apodrece rapidamente.


Esquirge do Salão

Essas criaturas foram criadas pelo próprio Geth e seus ajudantes para levarem de volta carne e fluidos vitais para Ish Sah, para serem usados na criação de suas monstruosidades phyrexianas. Elas voam e atacam a vítima, ficando grudadas à ela com suas garras poderosas e então mordem um pedaço de carne ou sugam o sangue da vítima antes de voarem de volta para o mestre, onde entregam sua carga roubada.


Diabrete do Tumulto

Esses diabretes phyrexianos saltam e rastejam por toda a parte com máscaras de medo parafusadas sobre seus rostos normais. Costumam ser servos de Azax Azog e seu aparecimento sempre anuncia algum evento terrível ou catastrófico. Eles inspiram o terror simplesmente ao gritar por sobre as cabeças das tropas ou por balbuciarem aos seus pés.


Exarcas

São a elite das forças de Sheoldred, devotadas ao propósito de reutilizar os mortos. São também responsáveis pela busca de informações e então pela destruição de toda evidência ou sua origem, para que somente Sheoldred saiba.


Vorme de Icor

Vormes gigantescos que deslizam através do gel das dunas reluzentes e das águas de Mancha Negra como serpentes do mar.


Nim

Os nim são basicamente o que sempre foram. Agem como matadores caóticos, exceto quando reunidos e comandados por um phyrexiano poderoso. Os barões e outros phyrexianos geralmente os modificam para se adequarem aos seus propósitos, como ao trocarem seus braços por lâminas e suas pernas por pilares mais elevados.


Murioque

Os Murioques sobreviventes foram completados para serem executadores sacrificáveis. Seus olhos foram considerados inúteis e por isso, todos foram deixados cegos. Agora, eles sentem movimento e objetos ao seu redor através de um tipo de experiência extra-corporal permanente, agindo como titeríteiros de seus próprios corpos e assistindo a si mesmos, como se estivessem sonhando.


ARTEFATOS, ITENS E LOCAIS
Contrato de Geth

Contratos criados por Geth prendem os contratados não pela palavra, mas pela vontade. Aqueles que quebram o contrato de Geth ficam inteiramente à sua mercê. Por isso, os contratos são muito utilizados entre partes que não confiam entre si. O Barão Geth envia tais tábuas de metal mágico para o mundo todo nas mãos de seus servidores guardiões, para que as assinaturas dos contratados sejam mantidas em segredo.


Astrolábio de Kraynox

Este objeto representa a conglomeração mais detalhada das teorias de Kraynox sobre como Phyrexia deveria se parecer. Nove meia-esferas sobrepostas rodopiam em um eixo central, cada uma apresentando orifícios que marcam os caminhos de várias lacunas. Ao redor da estrutura giram os cinco sóis de Nova Phyrexia. Dizem que Kraynix pode usar o astrolábio para adivinhar o futuro, além de recuperar visões que ele acredita serem do “passado”.


Cripta das Importâncias

Vraan e seus servos geralmente clamam as cabeças de suas vítimas como prova de suas mortes ou como troféus, mas muitas delas acabam na oculta Cripta das Importâncias. Lá, as cabeças são arquivadas em uma biblioteca de mortos. Vraan ou seus conversadores de espíritos Morioques completados usam sifões de alma para sugar a alma das vítimas das cabeças e colocá-las em receptáculos – vítimas capturadas para serem possuídas e depois torturadas em busca de informações.


Os Caernes Uivantes

Através do reino de Azax Azog e em qualquer lugar conquistado por ele, ele obriga seus seguidores a construírem caernes chorosos. São pináculos altos, feitos com crânios empilhados removidos das vítimas, que choram lágrimas de mercúrio e emitem uma cacofonia de sussurros, gargalhadas guturais, gritos e gemidos.


Cofres Astrais

São polígonos irregulares que contém os pensamentos de Sheoldred. Para abri-los, uma palavra secreta diferente deve ser sussurrada em cada lado e elas devem ser ditas na ordem correta ao girar a forma na direção apropriada a cada vez. Quando aberta da maneira correta, um cofre astral teleporta o usuário para um espaço astral, onde ninguém mais pode ver ou ouvir os pensamentos de Sheoldred. A abertura irregular de um cofre astral resulta em ouvir uma mentira ou encontrar alguma coisa além dos pensamentos de Sheoldred no espaço astral. Muitos que abrem os cofres da maneira errada simplesmente nunca mais retornam.


Um comentário:

  1. nossa, qta informação. nao sabia de quase nada disso. gorge

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